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Energia solar
Aneel realiza novo leilão de contratação de energia para suprimento a partir de 2026. Potência ofertada é predominantemente solar.| Foto: Euzivaldo Queiroz/EFE

Será realizado nesta sexta-feira (27) o primeiro leilão de energia do ano, para a contratação de energia nova pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a ser entregue ao Sistema Interligado Nacional (SIN) entre os anos de 2026 e 2045. O certame vai contratar energia gerada por novos empreendimentos de diversas fontes, mas o destaque fica com a energia solar, que concentra 68% da potência total a ser ofertada.

Foram cadastrados para o Leilão A-4 pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) 1.894 projetos com 75,2 gigawatts (GW) de capacidade de geração. Dessa potência, a solar responde por 51,8 GW, distribuídos em 1.263 empreendimentos geradores a partir de painéis fotovoltaicos. Somando-se a ela a geração pelos parques eólicos, a fatia sobe para quase a totalidade da oferta: 73,2 GW, ou 97,35% da capacidade de geração disponível para inscrição na disputa (sendo 28,48% de potência em eólica). O restante, 2,65%, concentra-se em geração hidrelétrica e geração térmica a biomassa (com 29 e 60 projetos, respectivamente; com 1.018 e 970 megawhatts em potência).

Também puxada por essas duas fontes renováveis, a região Nordeste aparece como predominante. Reúne 70% dos projetos e da potência cadastrados. Quanto às usinas termelétricas cadastradas, a maior parte está nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Os projetos hidrelétricos se encontram nas regiões Sul e Centro-Oeste. Os empreendimentos estão espalhados por 20 estados, com maior número concentrado na Bahia, com 531 usinas. Na sequência aparecem Minas Gerais (304), Rio Grande do Norte (246), Piauí (208) e Ceará (155).

Os futuros contratos de comercialização de energia que resultarão do leilão terão início em 1º de janeiro de 2026 e serão vigentes por diferentes períodos, conforme a fonte de geração. Projetos eólicos e solares serão contratados na modalidade por quantidade, com prazo para o suprimento por 15 anos. Projetos hidrelétricos também serão contratados por quantidade, mas com suprimento de 20 anos. Por fim, a fonte termelétrica a biomassa terá contratos validados pelos mesmos 20 anos, mas na modalidade por disponibilidade.

Para empreendimentos sem outorga ou com outorga e sem contrato, o preço inicial será de R$ 315,00 por megawatt-hora (MWh) para fonte hidráulica e termelétrica a biomassa e de R$ 225,00/MWh para as fontes eólica e solar fotovoltaica. Já os preços de referência, aplicados aos empreendimentos com outorga e com contrato, será de R$ 268,45/MWh para projetos de pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), de R$ 187,69/MWh para projetos de usinas hidrelétricas (UHEs) e de R$ 204,65/MWh para usinas eólicas. Os valores foram estabelecidos pelo Ministério de Minas e Energia.

Poderão participar do leilão como vendedoras pessoas jurídicas de direito privado nacionais ou estrangeiras (individualmente ou em consórcios). Esta vedada a participação de distribuidoras. O certame será realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com início às 10h.

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