Representantes do comércio, da indústria e de sindicatos criticaram, em sua maioria, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto porcentual, para 10,5% ao ano. Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a decisão de hoje adia a retomada da indústria. "A inflação precisa ser contida, mas é necessário buscar alternativas para combatê-la que não penalizem tanto a atividade econômica e a vida das empresas e das pessoas", disse em nota Paulo Skaf, presidente da Fiesp.

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A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) também criticou a decisão do Copom, e disse que a alta dos juros torna mais difícil a combinação entre crescimento econômico e inflação controlada no país. "O Sistema Firjan insiste na importância da adoção de uma política fiscal norteada pela redução dos gastos correntes e que efetivamente reduza a pressão exercida pelo consumo do governo sobre a inflação", informou a entidade em nota.

Representantes do comércio, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) afirmam que a decisão é prejudicial para o ramo. "Algumas das razões é que o aumento dos juros freia a expansão do crédito no país, reduz o consumo e inibe a criação de novos postos de trabalho, justamente no momento em que com uma menor expansão da massa salarial, as vendas no varejo dão sinais de desaceleração", explicou.

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A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) classificou a decisão como "totalmente injustificável". Em nota, a Força Sindical apontou a redução do consumo, da produção e do emprego como consequências da elevação na taxa.

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