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A entrada da TIM Participações no Novo Mercado da BM&FBovespa, no próximo mês, reforça a estratégia de longo prazo da companhia no país, disse à Reuters o diretor-presidente da companhia, Luca Luciani.

Nesta quarta-feira (22), os acionistas minoritários da TIM aprovaram por unanimidade, durante assembléia no Rio de Janeiro, a ascensão da empresa ao mais alto nível de governança corporativa da bolsa, que resultará na conversão das ações preferenciais da companhia em ações ordinárias, informou a companhia.

O anúncio da conversão das ações e da entrada no Novo Mercado foi anunciado em 5 de maio, e no dia seguinte as ações preferenciais subiram quase 8 por cento.

Nesta quarta-feira, os papéis fecharam em alta de 0,35 por cento, a 8,70 reais, enquanto o Ibovespa recuou 0,37 por cento.

"Com certeza o ponto numero um disso (da entrada no Novo Mercado) é a serenidade de um plano estratégico de longo prazo, vindo de uma companhia que sofreu com rumores sobre a possibilidade de venda, mas se fortaleceu", disse Lucini nesta quarta-feira.

"O potencial de tag along com todos os acionistas é incompatível com a hipótese de venda no curto prazo", afirmou.

O plano de entrar neste novo mercado, segundo o executivo, tem "a intenção de acrescer o valor das ações, aumentando a liquidez e oferecendo um nível de governança superior".

Cada ação preferencial será convertida em 0,8406 ação ordinária, valor que reflete a média ponderada dos preços de mercado de ambos os tipos de papéis no 60 dias anteriores a 5 de maio.

Com o plano, todos os acionistas passarão a receber dividendos, e todas as ações da TIM passarão a fazer parte do programa de American Depositary Receipts (ADRs) da companhia.O assessor financeiro da empresa foi o Santander Brasil.

A TIM tem conquistado participação no mercado de telefonia móvel nos últimos meses, inclusive se aproximando da Claro, que tem o segundo maior market share do segmento, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)."O que conta mais com do que uma comparação direta com a Claro é olharmos o potencial do mercado brasileiro, que oferece muitas oportunidades", explicou.

Para continuar a trajetória de crescimento, a TIM está investindo pesado em infraestrutura, disse Luciani, "olhando muitas possibilidades de aquisições ou parcerias".

A companhia planeja investir 2,9 bilhões de reais neste ano e tem uma alavancagem "confortável" de dívida líquida sobre Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de 0,25 vez, segundo Luciani.

A TIM Participações é controlada pela Telecom Italia.

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