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O dólar caiu nesta quinta-feira (25) e voltou a fechar abaixo de R$ 1,80, influenciado pela contínua entrada de recursos no país. A piora no mercado externo, porém, diminuiu a intensidade da queda.

A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 1,795, em baixa de 0,77%. No mês, o dólar acumula desvalorização de 2,18%.

A vinda de estrangeiros interessados nas ações da Bolsa de Valores de São Paulo aumentou a expectativa de entrada de moeda no país, e isso colaborou para que a moeda operasse em forte queda desde o começo do dia.

"O dólar está reagindo à possibilidade de fluxo positivo por conta do IPO (oferta pública inicial de ações) da Bovespa e por conta também das operações normais de exportação e de colocação de título lá fora", disse Jorge Knauer, gerente de câmbio do Banco Prosper, no Rio de Janeiro.

Oferta de ações

As ações da bolsa paulista começam a ser negociadas na sexta-feira. A oferta de ações, que deve alcançar R$ 6,6 bilhões, bate recorde no país e coroa um ano repleto de operações do tipo - como o da Helbor, do ramo imobiliário, na segunda-feira.

"A gente já tem fluxo positivo em condições normais de temperatura e pressão, então é ainda mais com o IPO da Bovespa", acrescentou. No ano, o país acumula fluxo cambial positivo de mais de US$ 70 bilhões, saldo recorde.

Mas após abrir na mínima, com queda de 1,38%, o dólar foi gradativamente reduzindo sua queda à medida que os mercados internacionais se deterioravam. "Tem acontecido com uma certa frequência, mesmo com bons fundamentos no sentido de fluxo. Quando a bolsa lá fora está de mau humor, com movimento de aversão a risco, a gente sofre aqui", comentou Knauer. "Isso é uma amostra de que o mercado abre acreditando em uma coisa e aí, com a piora no cenário externo, ele dá uma ajustada nessa queda."

Bolsas e BC

A queda das bolsas em Nova York marcou uma virada em relação ao começo do dia, quando ainda repercutia os rumores da véspera de que o Federal Reserve poderia cortar novamente a taxa de redesconto. A redução não veio, e o mercado acabou cedendo com mais uma série de resultados corporativos ruins.

Na última hora de sessão, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista, mas a operação teve pouca influência sobre a taxa de câmbio. A autoridade monetária definiu corte a R$ 1,7950 e aceitou, segundo operadores, ao menos uma proposta.

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