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Por conta principalmente das exportações, mas também da taxa de juros - que gera aplicações de recursos no país - os dólares continuam fluindo para a economia brasileira. Em abril, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (2) pelo Banco Central, ingressaram US$ 10,7 bilhões na economia brasileira.

Segundo o BC, o volume de dólares que entrou na economia brasileira no mês passado é recorde histórico para todos os meses. Contra abril do ano passado, o crescimento foi de 1.660%, quando houve o ingresso de US$ 609 milhões. O recorde anterior de entrada de divisas no país foi registrado em março de 1998, com US$ 10,3 bilhões de ingresso. A série do BC tem início em 1982.

Queda dos juros

Em 1998, porém, o ingresso de divisas registrado no mês de abril estava relacionado ao nível da taxa de juros, que estava em 28% ao ano em março. Atualmente, a taxa Selic está em 12,5% ao ano. Apesar de se situar no menor nível da história, ainda são os juros reais (descontados a inflação) mais elevados do planeta. Com isso, continua atraindo a atenção dos investidores estrangeiros.

No mês passado, o fluxo da balança comercial trouxe para o país US$ 9,82 bilhões, resultado de exportações de US$ 17 bilhões e de importações de US$ 7,25 bilhões. Com relação ao movimento financeiro, que registra as aplicações de estrangeiros no Brasil, também houve ingresso de dólares no volume de US$ 900 milhões. As compras de dólares somaram US$ 24 bilhões e as vendas totalizaram US$ 23,14 bilhões no último mês.

Acumulado de 2007

No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, o fluxo cambial também está positivo. As entradas de dólares na economia brasileira superaram as retiradas de recursos em US$ 28,12 bilhões. Em 2006, a entrada de dólares no país ficou em US$ 37,27 bilhões.

Para evitar uma queda ainda maior do dólar, o Banco Central tem atuado mais fortemente na aquisição de divisas no mercado financeiro. De janeiro a março deste ano, a autoridade monetária adquiriu US$ 21,9 bilhões no mercado à vista - também novo recorde histórico.

O montante comprado pelo BC nos três primeiros meses deste ano já é maior do que todo o volume de 2005 (US$ 21,5 bilhões) e mais da metade do que foi adquirido pela instituição em todo o ano passado (US$ 34,3 bilhões). Mesmo assim, não tem conseguido evitar a queda do dólar - atualmente em R$ 2,03.

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