Indígenas bolivianos reunidos na Assembléia do Povo Guarani ocuparam no fim de semana a estação de controle de um gasoduto que vai para o Brasil, operado pela empresa Transierra, que tem capitais da Petrobras, Repsol-YPF e Total.

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- O envio de gás natural para o Brasil é normal, apesar da ocupação da estação de controle de Tatarenda - informou na noite de domingo um funcionário da estatal boliviana YPFB.

A estação de controle de Tatarenda, do gasoduto Yacuiba-Río Grande, fica no Chaco boliviano, a 1.100 quilômetros ao sul de La Paz.

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O grupo de indígenas guaranis exigem dos executivos da Transierra o cumprimento de um convênio estabelecido no ano passado para a entrega da 9 milhões de dólares em obras de infra-estrutura nos próximos anos.

Se as autoridades e os executivos da Transierra não atenderem ao pedido, os guaranis ameaçam fechar a passagem do gás e também bloquear a estrada Yacuiba-Santa Cruz, que liga a Bolívia ao norte da Argentina.

Em um boletim oficial, a Transierra informou que a compensação de US$ 9 milhões deverá ser desembolsada nos próximos 20 anos, conforme previsto desde o início do projeto.

"Mesmo quando demonstramos predisposição ao diálogo e compromisso de cumprir o convênio, encontramos uma posição intransigente e unilateral do povo guarani", afirmou a Transierra em um comunicado. .

O ministro do Desenvolvimento Rural, Agropecuário e de Meio Ambiente, Hugo Salvatierra, junto com técnicos do Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), foram nesta segunda-feira para a região do conflito para impedir o fechamento das válvulas do gasoduto com o Brasil.

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