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A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mantém o plano de expansão da geração de energia elétrica do país com foco nas hidrelétricas e outras fontes renováveis - e acionando térmicas apenas quando necessário -, afirmou o diretor de Estudos de Energia Elétrica da EPE, José Carlos de Miranda Farias.

O diretor explicou que, apesar de os reservatórios do país enfrentarem períodos de estiagem, em outros anos pode chover muito. Assim, manter térmicas a gás natural operando na base o ano todo como um plano permanente significaria queimar combustível e verter água sem gerar energia nos anos em que há muita chuva - o que também oneraria o preço da eletricidade.

"Não existe estudo no sentido de colocar as térmicas sempre operando na base ainda... Esse não é um critério econômico de planejamento", disse Miranda Farias nesta quinta-feira (10).

Atualmente, os níveis dos reservatórios das hidrelétricas estão em baixas históricas e as termelétricas disponíveis foram acionadas para evitar o risco de desabastecimento de energia, enquanto espera-se a chegada de mais chuva.

O plano de licitar novas hidrelétricas está mantido, conforme descrito no Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2021, apesar das dificuldades encontradas na obtenção de licenças ambientais para que algumas usinas entrem nos leilões de energia nova.

Miranda Farias explicou que eventualmente pode até acontecer maior contratação de termelétricas em um leilão, caso hidrelétricas planejadas não obtenham licença ambiental prévia para participação a tempo.

O PDE estima que a capacidade de geração de energia passará de 116,5 gigawatts (GW) em 2011 para 182,4 GW em 2021. Da capacidade nova, cerca de 33,2 gigawatts (GW) virão de hidrelétricas, 22,4 GW de fontes renováveis (eólica, pequenas centrais hidrelétricas e biomassa), 8,9 GW de termelétricas e 1,4 GW de nuclear (referente à usina Angra 3).

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