O Equador vai leiloar vários campos de petróleo, inclusive alguns que antes eram de empresas estrangeiras que deixaram o país no mês passado por recusarem-se a aceitar um novo contrato, disse o ministro dos Recursos Naturais no sábado (11).

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Será o primeiro leilão de áreas de exploração desde que o presidente esquerdista Rafael Correa assumiu o poder, em 2007, e começou a renegociar contratos com as empresas que operam na nação andina.

A Petrobras, a chinesa CNPC e duas outras empresas pequenas rejeitaram os novos termos dos contratos e desistiram de suas áreas de exploração em novembro.

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Várias outras concordaram com o novo contrato, que acaba com o sistema de partilha de lucros e coloca as empresas em posição de prestadoras de serviço do governo.

"Em abril vamos oferecer novos blocos inclusive áreas deixadas por empresas que operavam no país anteriormente", disse o ministro dos Recursos Naturais, Wilson Pastor, a repórteres.

Correa desafiou investidores impondo novos termos a contratos de mineração e extração petrolífera. Ele também declarou moratória em 3,2 bilhões de dólares em dívida externa em 2008.

Vários governos na América do Sul, inclusive os do Brasil e Venezuela, também decidiram recentemente aumentar a participação do governo na receita gerada pela extração de petróleo e gás.

Correa diz que quer atrair investimento estrangeiro para o país e que está apenas garantindo que a pequena nação andina faça negócios justos. "Não estamos tentando entrar em confronto com as multinacionais apenas por causa de um senso de nacionalismo impertinente ou para causar uma reação. Trata-se de garantir que teremos o máximo de benefícios com negociações adequadas e patrióticas", disse Correa durante a cerimônia de abertura de uma reunião da Opep, da qual o Equador é o menor membro.

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A área previamente operada pela Petrobras, o bloco 18, não será incluída no leilão, já que produz 19.300 barris por dia e a lei do Equador proíbe o leilão de áreas em operação. "Haverá áreas pequenas e grandes", disse Pastor.

A espanhola Repsol, a italiana Eni e um consórcio chinês além da chilena Enap concordaram com os novos contratos que o governo diz que vão aumentar de 70 por cento para 80 por cento a participação do Equador nos lucros da produção de petróleo.

As empresas concordaram em investir um total de 1,2 bilhão de dólares para aumentar gradualmente a produção.