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O virtual presidente eleito do Equador, Rafael Correa, garantiu, nesta terça-feira, que a partir de janeiro irá renegociar os contratos vigentes com petrolíferas estrangeiras para ampliar a participação estatal na sua produção, em um esforço para distribuir melhor os ganhos do setor.

— Vamos revisar a participação (em volume) do Estado nesses contratos — disse Correa a correspondentes estrangeiros, sem especificar a relação percentual que buscará nos contratos reestruturados.Mais cedo, o principal assessor de Correa na área de energia e cotado para ser o novo presidente da estatal Petroecuador, Carlos Pareja, assegurou que o novo presidente do Equador rejeita qualquer hipótese de nacionalização da energia e estará aberto aos investimentos estrangeiros.

Entretanto, o mercado teme que o Equador siga o exemplo da Bolívia que, após anunciar a intenção de renegociar contratos com empresas estrangeiras, decidiu nacionalizar o setor de petróleo e gás do país.

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, minimizou nesta terça-feira as ameaças do virtual presidente eleito do Equador, Rafael Correa, de rever os contratos das empresas de petróleo que atuam naquele país, entre elas a Petrobras.

— Não há motivo para preocupação maior com respeito à vontade soberana de qualquer país... Vamos esperar o presidente assumir e ver quais medidas tomar — disse.

Segundo o presidente do PT, Marco Aurélio Garcia, a vitória de Rafael Correa no Equador também já foi classificada pelo presidente Lula como 'positiva'.

Para Rafael Correa, o atual esquema de distribuição é injusto, daí a pressa para ampliar a produção que recebe para alimentar a arrecadação fiscal de um país que precisa aumentar seus programas sociais para combater uma pobreza que afeta cerca de 60% dos 13 milhões de equatorianos.

Por meio das distintas modalidades contratuais e sem contar o pagamento de impostos, a estatal Petroecuador - em nome do país andino - recebe entre 22,83% e 30,89% líquidos da produção das companhias privadas que operam jazidas entre médias e grandes na região amazônica.

O Equador produz 530 mil barris por dia (bpd). Cerca de 49% deste volume é extraído por empresas estrangeiras, como a Repsol-YFP, a chinesa Anes Petroleum e a Petrobras.

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