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Obama: “empurrãozinho” do Estado para melhorar a decisão das pessoas | Scott Olson/Reuters
Obama: “empurrãozinho” do Estado para melhorar a decisão das pessoas| Foto: Scott Olson/Reuters

Processo que leva a tomada de decisão atrai economistas

A economia comportamental é um ramo bastante promissor, não só por levar em conta que as pessoas tomam decisões que não são lá muito racionais, mas por provar que esse lado humano tem efeitos de relevância econômica.

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, tem entre seus principais interlocutores do setor acadêmico representantes da linha de frente da economia comportamental. Entre os mais conhecidos estão o economista Richard Thaler, da Universidade de Chicago, e Cass Sunstein, professor de direito da Universidade Harvard. Os dois são os autores do livro Nudge: O Empurrão para a Escolha Certa, lançado recentemente no Brasil. A ideia central da obra é a de que o Estado pode criar estímulos para que as pessoas tomem decisões melhores.

O livro defende um ponto de vista apelidado de "paternalismo libertário", termo que resume a visão de que as pessoas precisam de uma mãozinha para fazer boas escolhas, mas sem abrir mão de tomar as próprias decisões. Entre as sugestões de empurrões que podem ser dados está um programa de estímulo de poupança chamado "economize para amanhã". Nesse sistema, as pessoas assinam uma proposta em que aceitam direcionar uma parte do aumento salarial para suas contas de pensão. Assim, elas evitam o sentimento de perda de renda, pois o dinheiro disponível para consumo continua o mesmo (pelo menos em termos nominais).

A proximidade de Obama com economistas comportamentais é um sinal de como ele deve lidar com políticas públicas. Reformas importantes, como a do sistema de seguro de saúde, são um prato cheio para que o paternalismo libertário mostre se é capaz mesmo de melhorar a vida das pessoas. Uma das propostas da dupla Thaler e Sunstein é a criação de um modelo muito transparente de avaliação de custos que permite a comparação entre seguros diferentes. Resta ver até que ponto o paternalismo não vai se sobrepor à liberdade. (GO)

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