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O ano mal terminou e as escolas já começaram a fazer as contas de quanto serão reajustadas as matrículas e mensalidades para 2011. "Certamente o aumento será acima de 7%, podendo chegar a dois dígitos. Vai ser um dos aumentos mais salgados dos últimos anos", afirma o vice-presidente executivo do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo, José Augusto de Mattos Lourenço. A entidade reúne 10 mil escolas.

Só o aumento de salários dos professores e funcionários pela inflação passada (5,38% até outubro, pela média de três indicadores, e o ganho real de 1,2%) chega a quase 7%. Segundo Lourenço, a despesa com pessoal e impostos absorvem entre 60% e 70% da receita dos colégios. Além disso, há gastos com água, luz aluguel, telefone, a inadimplência do setor, que está elevada, atualmente na faixa de 8%, e os investimentos em materiais didáticos. "Tudo isso entra na conta", diz o executivo. As escolas têm autonomia para fazer as suas planilhas de custos e aplicar os reajustes, que em 2011 ficarão acima da inflação de 2010.

O quadro é semelhante no caso dos aluguéis. "Tanto os aluguéis novos como os antigos, nos próximos meses, tendem a ser reajustados com taxas que são o dobro da inflação normal", afirma Cícero Yagi, consultor em locação do Secovi de São Paulo, entidade que reúne vários segmentos ligados à habitação. A pesquisa mais recente da entidade mostra que, em outubro deste ano, os aluguéis novos acumulavam alta de 11,77% em 12 meses. Já para os contratos em andamento, o reajuste atrelado ao Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas, com aniversário em outubro, foi de 7,16%.

Yagi atribui os aumentos significativos nos preços dos aluguéis novos e antigos à demanda aquecida por imóveis e ao indexador, no caso o IGP-M, que acumula altas expressivas. "Hoje, faltam imóveis para alugar na cidade de São Paulo", afirma o economista.

Ônibus

A tarifa de ônibus urbano deve ter reajuste de 7,4% na cidade de São Paulo, conforme disse em setembro o prefeito Gilberto Kassab ao Estado. A tarifa atual de R$ 2,70 passaria a custar R$ 2,90 a partir de fins de dezembro. O reajuste anterior ocorreu em 1º de janeiro deste ano. Na semana passada, porém, a Secretaria Municipal de Transportes informou que os custos estão sendo analisados e não confirmou o porcentual de aumento nem data que entrará em vigor.

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