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O vice-ministro da Espanha, Fernando Jimenez, criticou nesta quinta-feira (11) a decisão da Standard & Poor's de rebaixar o rating do país em dois graus, para 'BBB-', alegando que a ação não se apoia num raciocínio consistente sobre questões cruciais como as finanças das regiões autônomas e do setor bancário.

Com o rebaixamento, anunciado na quarta-feira, a S&P deixou a Espanha à beira do grau especulativo. A agência de classificação de risco manteve também a perspectiva negativa do país, dizendo que a hesitação de Madri em pedir assistência externa está "elevando os riscos de baixa do rating da Espanha".

Jimenez disse ainda que a Espanha discorda da visão da S&P de que os planos de cortes de gastos podem ser complicados pela política regional e pelo relacionamento cada vez mais delicado entre o governo central e as administrações regionais. Segundo ele, as regiões continuam implementando medidas para cumprir metas de déficit, como foi determinado por Madri.

Jimenez também destacou a preocupação da S&P com um possível veto dos países do norte da União Europeia à transferência de dívidas bancárias de volta para o fundo de resgate da região. Ele lembrou que não há uma decisão final sobre o assunto e que a recapitalização de bancos espanhóis acrescentará apenas cerca de quatro pontos porcentuais à relação dívida/PIB do país.

A indecisão de Madri sobre um pedido de ajuda tem causado tensão entre investidores, que temem que as ações fiscais da Espanha estejam numa trajetória insustentável. Se o pedido for feito, o Banco Central Europeu começará a comprar bônus espanhóis para ajudar a diminuir os custos de financiamento do país. Autoridades europeias, no entanto, podem exigir que a Espanha faça mais ajustes em suas políticas orçamentária e trabalhista em troca do resgate. As informações são da Dow Jones.

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