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Os ministros de Finanças da zona do euro que se reuniram ontem e seguem discutindo a crise da região nesta terça-feira estão prontos para dar à Espanha um ano a mais para colocar seu déficit em linha com as regras do bloco, e concordam com os termos do grande resgate aos bancos do país. A esperada concessão de mais prazo para a Espanha ocorre no momento em que os yields para os bônus de 10 anos do governo passam de 7%, e tem por objetivo evitar provocar nova pressão na já combalida economia espanhola.

A decisão também ocorre em meio às disputas entre as autoridades europeias sobre o acordo feito na última reunião da zona do euro e que permite o uso direto do fundo de resgate por bancos problemáticos na região.

Especula-se que a grande maioria dos 17 países da zona do euro é favorável a dar a Madri 2014 e não 2013 como prazo final para fazer com que a dívida do governo fique abaixo de 3% do PIB. "As propostas estão na mesa e acredito que são da natureza do consenso", afirmou o ministro de Finanças da França, Pierre Moscovici, na chegada à reunião em Bruxelas.

Mais impostos

O ministro da Fazenda espanhol, Cristóbal Montoro, declarou ontem que o governo deve aumentar o imposto sobre valor agregado vigente no país e promover mudanças nos tributos sobre eletricidade como forma de angariar mais recursos para um governo em crise e com dificuldades de captar dinheiro nos mercados.

A secretária-geral do Partido Popular, atualmente no poder, levantou a possibilidade de novas reformas na administração pública, incluindo o aumento de horas trabalhadas por servidores. Mesmo com a disposição do governo de tomar medidas impopulares para resolver a crise, os investidores continuam reticentes quanto à recuperação do país.

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