Quase 30 toneladas de alimentos são preparados diariamente para os clientes da empresa| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

34 cidades brasileiras têm acima de 600 mil habitantes. Os demais 5,5 mil municípios poderiam ser atendidos com a produção diária que a Risotolândia serve aos clientes de escolas públicas e indústrias do Paraná e Santa Catarina.

• Mais fotos e o vídeo sobre a rotina da indústria da Risotolândia no site www.gazetadopovo.com.br/economia/bemfeitonoparana

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A operação diária é gigante. Doze toneladas de carnes por dia são cortadas e expedidas; mais de 80 mil frutas contadas e descascadas; e 32 mil pedaços de bolo produzidos. Outros 27 mil quilos de arroz, feijão e outros alimentos também são separados, preparados e enviados diariamente para os clientes da Risotolândia, indústria de refeições coletivas de Araucária.

Assista ao vídeo e conheça melhor a empresa premiada São 600 mil refeições servidas por dia: 500 mil em escolas públicas, com merendas e almoços, e outras 100 mil em fábricas, escolas particulares e outros clientes privados. Para se ter uma ideia, apenas 34 cidades brasileiras contam com mais habitantes do que as pessoas servidas diariamente pelas refeições da empresa. Outros 5,5 mil municípios têm população até 600 mil habitantes que poderiam ser abastecidos pelo serviço das fábricas da Risotolândia.

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Para dar capilaridade à operação, a logística é digna de uma transportadora. Por mês, caminhões próprios rodam 350 mil quilômetros distribuindo as refeições, o equivalente a oito voltas e meia ao redor da Terra.

Do risoto à indústria

A empresa de hoje pouco tem a ver com o Risoto do Xaxim, restaurante aberto há 63 anos pelo casal Carlito e Cenira, imigrantes italianos que queriam apenas reproduzir aqui o prato à base de arroz que cozinhavam na Itália alguns anos antes.

Sucesso na cidade, a casa foi destruída em um incêndio, que obrigou o casal a levar a produção para cozinhas de clubes e eventos.

A vocação da produção em larga escala veio com a instalação das primeiras fábricas na Cidade Industrial de Curitiba, no início da década de 70. "Um volume grande de trabalhadores ocupava esta região da cidade, mas não existia a menor estrutura de serviços. Naquele momento nascia a Risotolândia como conhecemos hoje", explica o diretor superintendente da empresa, Carlos Humberto de Souza. No início, a empresa abastecia poucas indústrias, fornecendo aproximadamente mil refeições. Em dois anos, o número já havia triplicado.

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No começo da década de 1990, os volumes passaram a se aproximar da operação atual com os primeiros contratos públicos. Ao longo da terceira gestão de Jaime Lerner na prefeitura de Curitiba, as escolas municipais passaram a oferecer ensino integral e, com isso, um volume maior de refeições para seus alunos. "Com o passar dos anos aconteceu a terceirização completa das merendas e refeições escolares", complementa o superintendente.

Hoje, a empresa fornece a alimentação das escolas municipais de Curitiba, São José dos Pinhais, Araucária e Paranaguá. A merenda de parte das escolas estaduais catarinenses, de Itajaí até Florianópolis, também é feita pela Risotolândia, além da rede municipal de Blumenau.

Para dar conta disso, a rede conta com unidades de fornecimento e preparação locais. Ao todo, são mais de 5 mil funcionários presentes em todas as etapas da cadeia, da recepção dos alimentos in natura dos fornecedores até a preparação das refeições, dentro das escolas e fábricas.

Expansão chega a refeitório de indústrias e escolas

A Risotolândia cresceu a partir das oportunidades de negócios que surgiram ao longo da sua história. Foi assim no abastecimento da rede pública de ensino.

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A prioridade, agora, é expandir no mercado de indústrias e escolas particulares, onde as margens são maiores. Em média, uma refeição preparada no mercado de escolas públicas vale entre R$ 1,50 e R$ 2. Já as refeições para os clientes particulares são feitas por até R$ 9.

Com a diferença dos valores, o faturamento fica dividido em 60% proveniente dos contratos públicos e 40% dos demais. "As duas frentes são necessárias, mas o mercado público é muito suscetível aos movimentos políticos", salienta o diretor Carlos Humberto de Souza.

Crescimento

Mesmo com esta prioridade, Souza explica que o mercado de refeições coletivas ainda tem muito a crescer nas duas frentes. Hoje, 5 milhões de crianças são atendidas nas redes públicas e outras 35 milhões ainda não são.

No mercado empresarial, 12 milhões de funcionários são atendidos e cálculos da Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (Aberc) dão conta que é possível dobrar o atendimento nos próximos anos. A dificuldade, neste caso, é ganhar mercado nos grandes centros. "Hoje, metade destas pessoas se alimentam com tickets-refeição ao invés de usar refeitórios", completa o executivo.

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Internamente, a Risotolândia pretende seguir o patamar de evolução do mercado, que projeta crescimento anual de 10% a 12% – exceto em 2014 que, afetado pela crise, deve fechar com alta de 7%.

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Bem Feito no Paraná 2014 | 2:05

Empresa conquista gerações com o sabor de uma boa refeição

Risotolândia está no mercado desde os anos 50. Investe em segurança alimentar e novas tecnologias para garantir refeições de qualidade para escolas e empresas paranaenses. Apesar disso, a maior parte do trabalho na linha de produção continua sendo manual.

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