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Sucesso contado por quem o conquistou

Outro livro recém-lançado que pretende mostrar como alcançar o sucesso no mundo corporativo é O Sucesso Tem Fórmula? (Editora Campus – R$ 59). Escrito por Herb Greenberg, fundador e CEO da empresa de gestão de talentos Caliper, nos Estados Unidos, em co-autoria com Patrick Sweeney, vice-presidente da companhia, ele mostra histórias de 50 profissionais que conseguiram alcançar seus objetivos ao descobrir seus pontos fortes e superar seus limites. Foram entrevistadas dezenas de pessoas, de diferentes países (inclusive dois brasileiros), ao longo de dois anos. O livro mostra que o sucesso está atrelado principalmente ao autoconhecimento e à identificação de uma característica pessoal única que faz cada um ser diferente dos outros.

Ser um bom líder é a palavra de ordem no mundo corporativo. Quem quer se destacar como um bom executivo precisa aprender a gerenciar bem seus funcionários. Para tanto, vale a pena estudar as melhores práticas de gestão desenvolvidas nas empresas, geralmente com conceitos técnicos clássicos da administração. O que começa a surgir agora é uma proposta que pode parecer distante dos frios ideais referentes ao assunto, mas que ganha corpo nas organizações brasileiras e até no recrutamento de executivos: a espiritualidade.

Não aquela da religião, a não ser a parte que prega ações conscientes e respeito ao próximo. Quem garante é Alfredo Assumpção, especialista em recursos humanos e fundador da Fesa Global Recruiters. Ele acaba de escrever o livro Gestão Sem Medo (Editora Saraiva – R$ 34), onde explica que para ser um bom líder é preciso "promover o bem", trabalhando pelo ser humano. Na sua opinião, isso melhora o ambiente organizacional, o que faz os empregados agirem melhor, atender os clientes da maneira mais adequada e trazer ganhos maiores e mais duradouros para a empresa. O livro vai ser lançado em Curitiba no próximo dia 14.

Qual idéia o livro procura mostrar?A proposta do livro é que devemos ter um novo líder, ter um novo gerente que consiga gerenciar com consciência, para ter um resultado do bem, ser um multiplicador do bem, o bem do ambiente organizacional onde está inserido, até o ambiente externo e planetário. Os nossos líderes, embora tenham sido treinados de toda forma possível, não trouxeram resultados positivos para o planeta. E onde existe a maior concentração de líderes? É nas empresas. Você pode pensar que é utópico, mas não é. No livro há exemplos concretos de como isso funciona e como a pessoa consegue ser feliz nesse ambiente organizacional.

Já existem iniciativas assim?Sem dúvida. Há muitas organizações no Brasil que buscam isso também, onde o ambiente organizacional é voltado para o bem, onde você se sente bem, se sente feliz por estar lá.

Isso tem a ver com o conceito de espiritualidade que o senhor prega para a gestão de pessoas?Sim. Você tem que crescer como pessoa, interiormente. Não basta você ter um MBA, ter um doutorado. É importante que você seja do bem. Ou seja, usar tudo o que você aprendeu para praticar o bem. E nada a ver com assistencialismo. Estamos aqui falando de fazer lucro. Lucro bom e eterno, para sempre. Não é enganar o cliente e ganhar em cima dele. Quero ganhar e quero que o meu cliente também ganhe. Porque daí o cliente vai voltar e você vai continuar fazendo lucro com ele. Não é o lucro imediatista, é o sustentado.

Essa é uma idéia nova?Eu me baseei muito na escola de Gurdjieff, que foi o primeiro ambientalista do planeta e o primeiro a se preocupar com o equilíbrio do ser humano, de você ter um link com o universo, ser parte integrante dele. Foi ele que criou o primeiro centro anti-stress do mundo, na França. Então eu fui buscar seus ensinamentos para comparar com tudo o que acontece em uma empresa. Por exemplo, um homem tem corpo, alma e espírito. Corpo é tudo o que circula em você, que é palpável. Alma são as crenças, os valores e as atitudes, enquanto o espírito é esse link com alguma coisa maior, o que a gente não consegue explicar bem. A união de uma ou mais pessoas faz um corpo, uma alma e um espírito sociais. Você leva isso para uma organização e é a mesma coisa. Corpo é tudo o que você vê, balanço, normas, dinheiro, sala. A alma é a cultura organizacional. O espírito é o link que você faz com o mercado. Quando há equilíbrio entre corpo, alma e espírito, a empresa é desenvolvida, mas para isso é necessário que ela tenha homens desenvolvidos trabalhando.

Então este é o tipo mais adequado de gestão para o momento atual?Sim, é disso que vão começar a falar agora e isso é muito importante. O que nós fazemos? Recrutamos executivos. Quando temos dois executivos iguais, com as mesmas qualidades, se um tiver essa mentalidade, vou recomendá-lo.

É algo que cai na ética do profissional...Exatamente. Fazer as coisas com responsabilidade, com compromisso com a empresa, é estar para servir. Essa que é a espiritualidade, não tem nada a ver com religião. Se todos estão para servir, a empresa consegue ter sinergia.

Então esta é a tendência?Tendência mundial. Este movimento apareceu com mais vigor nos últimos 10 anos. Estamos fazendo muita coisa ruim para o planeta, que você pode considerar também um ser vivo. E o que você faz o planeta te devolve. Então há uma necessidade muito grande de ter seres desenvolvidos, líderes para continuarmos neste planeta, ou para que ele não venha destruir a gente.

Serviço: Lançamento do livro Gestão Sem Medo. Dia 14, a partir das 19h, na Saraiva Megastore do Crystal Plaza Shopping Center.

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