Dois dos maiores partidos da esquerda da Grécia, o Socialista (Pasok) e a Coalizão de Esquerda (Syriza) rechaçaram neste domingo (27) as declarações feitas no sábado (26) pela diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, a qual afirmou ter pouca simpatia com os que criticam as medidas de austeridade na Grécia e também disse que as crianças africanas precisam de mais ajuda que as crianças gregas.
Os comentários foram "inaceitáveis e ofensivos" disse Evangelos Venizelos, chefe do Partido Socialista Helênico (Pasok). Em entrevista ao jornal britânico The Guardian no sábado, Lagarde, que foi ministra de Finanças do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, disse que se os gregos quiserem que seus filhos tenham acesso a boas escolas, eles deveriam pagar os impostos. Mais tarde no sábado, Lagarde esclareceu na sua página no Facebook que ela simpatiza muito com o povo grego.
O líder da coalizão Syriza, Alexis Tsipras, disse que os trabalhadores gregos já pagam impostos muito pesados e que "a última coisa que a Grécia precisa é da simpatia de Lagarde". Ao lado da União Europeia (UE), o FMI está financiando o segundo pacote de resgate à Grécia, de 130 bilhões. As informações são da Dow Jones.
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