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De olho na demanda por vagas de estacionamento no centro de Curitiba, empresas do ramo investem em novos modelos de negócio. A AutoPark, maior administradora de estacionamentos do Paraná, vai anunciar ainda nesta semana o lançamento de um segundo prédio comercial e de estacionamentos no centro de Curitiba que, além de ampliar o número de vagas na região central – hoje são 750 no total –, inaugura um novo sistema, que garante ao investidor rentabilidade de 1% ao mês no primeiro ano.

O primeiro prédio a utilizar modelo de investimento da AutoPark já está em funcionamento, na esquina da Marechal Deodoro com a Travessa da Lapa. Com investimento não divulgado, o edifício Curitiba Park&Business já está com 95% das unidades vendidas. O prédio tem 16 andares, sendo 6 de estacionamentos e 7 de conjuntos comerciais, além de uma galeria de lojas, subsolo e mezanino e uma agência da Caixa Econômica Federal.

O investidor pode comprar o que quiser, salas comerciais com vagas, lojas ou apenas vagas. Estas últimas, se não forem usadas pelo proprietário, ficam sob a administração da AutoPark, que repassa dividendos aos investidores. A rentabilidade de 1% ao mês é garantida durante o primeiro ano, mas a expectativa é que o rendimento seja maior. "A rentabilidade vai depender do movimento do estacionamento, logicamente. Mas o cliente tem a garantia da qualidade dos nosso serviços, já conhecidos no estado", diz o gerente de vendas da AutoPark, Gilberto Nascimento.

Cada vaga no Curitiba Park&Business foi vendida a R$ 21 mil no início da construção do prédio e, no lançamento, a R$ 29,7 mil. Isso significa que quem comprou agora irá receber pelo menos R$ 297 por vaga no primeiro ano. Todas as vagas no prédio na Marechal já foram vendidas.

A boa aceitação do negócio da AutoPark impulsionou um segundo prédio semelhante, na Praça Osório. Neste caso, ao invés de conjuntos comerciais, serão comercializados, além das vagas para locação e lojas, apartamentos de um ou dois dormitórios. "Tivemos essa idéia de vender as vagas que ficam sob nossa administração a partir de uma necessidade expressa pelos investidores, que querem investir pequenas quantias no mercado imobiliário", diz Cláudio Roth, presidente da AutoPark. O negócio ainda uniu outra empresa do grupo, fundada há cinco anos, a incorporadora Invespark.

Mercado

Para Juraci Barbosa Sobrinho, presidente da Curitiba S.A., empresa mista ligada à prefeitura municipal, o fato de haver demanda por novas vagas no centro da cidade é inquestionável. "Os edifícios mais antigos não tinham garagem. Pela necessidade de vagas, a Curitiba S.A. estuda, junto com a Urbs, a implementação de um estacionamento subterrâneo na Praça Tiradentes", diz. Hoje, segundo o departamento de uso do solo da prefeitura, há 159 estacionamentos no centro da cidade, além de cerca de 7 mil vagas de Estar. A legislação municipal prevê regras específicas para os estacionamentos na região central, como a obrigatoriedade de vedação frontal com comércio, canaleta de espera , largura do acesso e local para guarita. No centro histórico são proibidos novos estacionamentos.

Para Roberto Tanus, diretor do Sindicato dos Estacionamentos de Curitiba, não há tanto espaço para o crescimento do setor no centro. "Nosso mercado é muito competitivo. Já há bastante oferta de estacionamentos. Além do mais, sofremos com a atuação de quem trabalha de forma irregular, sem seguro, de forma menos profissional. Mas a tendência é a profissionalização crescente", diz Tanus, que também é proprietário do Fast Park, que tem cinco unidades no centro que somam 500 vagas.

Segundo fonte do setor, a rede de estacionamentos Estapar, maior concorrente da AutoPark em Curitiba, também estuda ampliação de sua atuação no centro da cidade, mas a direção da Estapar não foi localizada pela reportagem.

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