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Nova usina

CPFL investe R$ 155 milhões em termelétrica no Noroeste

No início do mês, a Energia Renováveis S/A (Ersa), empresa do grupo CPFL Energia, anunciou o investimento de R$ 155 milhões para a implantação de uma termelétrica a biomassa na usina Coopcana, em São Carlos do Ivaí (Noroeste do estado). Será a primeira usina paranaense no portfólio da empresa, e terá potência instalada de 50 MW, dos quais 18 MW, em média, serão vendidos como excedente. As obras começam em 2012 e a usina deve entrar em operação comercial em 2013.

"O Paraná tem potencial para fontes renováveis e pode oferecer outras parcerias também na área de PCHs. Temos outros projetos em avaliação, mas essas são informações estratégicas. O que posso afirmar é que certamente temos interesse e esperamos fazer mais", diz o diretor de novos negócios da Ersa, Alessandro Gregori.

Ele explica que os projetos de fontes renováveis até 30 MW têm alguns benefícios, como descontos na tarifa de transmissão. "A energia desses projetos tem condições tanto de ser vendida no mercado livre quanto em leilões no mercado regulado", explica Gregori. Segundo ele, o projeto da Coopcana já nascerá com a energia vendida para a CPFL Brasil, sendo distribuída pela rede da concessionária aos seus consumidores.

O Paraná perdeu em 2008 a vice- liderança no ranking de estados produtores de cana-de-açúcar, ultrapassado por Minas Gerais e Goiás. Com larga vantagem, São Paulo continua sendo o maior produtor do país. "Em mais um ou dois anos, também vamos perder a quarta colocação para o Mato Grosso do Sul, estado que vem elevando a capacidade produtiva, enquanto a nossa diminui", avalia o superintendente da Alcopar, José Adriano da Silva Dias.

"O que falta para o setor no Paraná é capacidade de investimento. O setor como um todo deu uma estagnada desde 2008, em função da crise, e não vem mais conseguindo nem mesmo manter sua capacidade produtiva" alerta.

Para Dias, o país está à beira de viver um descompasso entre a produção e a demanda. "As usinas pararam de investir. A safra vem diminuindo. Por outro lado, a indústria automobilística foi incentivada e vem batendo recorde atrás de recorde." Segundo ele, neste ano a produção de etanol será 10% menor que a de 2010 – que, em virtude do aperto entre oferta e demanda, já havia resultado em forte pressão nos preços durante a entressafra.

"O preço da gasolina é administrado desde 2009, enquanto o álcool está sujeito a 'n' variações de custos. O etanol não tem esse subsídio. Temos a mão de obra, inflação, energia elétrica, flutuação da safra. O custo sobe ano após ano, o que está gerando uma perda de competitividade do etanol ante a gasolina. Vai chegar um momento em que o consumidor deixará de optar pelos carros flex", aponta Dias.

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