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O diretor de geração e transmissão da Copel, Raul Munhoz, citou duas hidrelétricas construídas pela estatal na década passada para tentar tranqüilizar ambientalistas, ribeirinhos e indígenas em relação aos impactos ambientais e sociais do reservatório da usina de Mauá.

Munhoz lembrou que a usina de Segredo, no Sul do estado, foi a primeira do Brasil a cumprir a exigência de estudos de impacto ambiental. Salto Caxias, que alagou áreas ocupadas por mais de mil famílias na região Oeste, teria sido um "exemplo no tratamento dado aos atingidos pela barragem".

"Buscamos reproduzir essas experiências na usina de Mauá. Sabemos que tudo, até o nascimento de um filho, tem um impacto no meio ambiente. E nossa preocupação é reduzir ao máximo esse impacto", disse o diretor da Copel.

Planejamento

Para justificar a construção da usina, Munhoz citou a necessidade de se planejar o suprimento energético. "Por uma série de equívocos, a Argentina passa por uma situação calamitosa nessa área. No Brasil, não podemos nos iludir que está tudo bonito, porque não está", disse o executivo, contestando avaliações de que o país não corre risco de apagão.

O coordenador jurídico da Liga Ambiental, Rafael Filippin, havia dito que o próprio governo federal estima que o risco de déficit de energia em 2011 é de 4,5%, dentro do nível considerado seguro (até 5%). Mas, segundo Munhoz, esse cenário compreende a expectativa de que todas as usinas planejadas entrem em funcionamento – o que inclui Mauá. Orçada em R$ 950 milhões, a hidrelétrica terá potência de 362 megawatts (MW), energia suficiente para uma cidade de 1,1 milhão de habitantes. (FJ)

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