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Guarapuava – A Expedição Caminhos do Campo/Gazeta do Povo encerra hoje uma maratona de 25 dias pelas principais regiões produtoras do Paraná. Desde o dia 17 de setembro, a equipe de técnicos e jornalistas percorreu mais de 5 mil quilômetros. O objetivo é fazer um levantamento da produção agrícola, com estimativa de área, produção e produtividade. Os números finais serão publicados no suplemento Caminhos do Campo da próxima terça-feira, mas a constatação imediata é a falta de chuva, que começa a comprometer o cultivo da safra de verão.

O maior problema é com o milho. Em algumas regiões o cereal nem começou a ser cultivado. O plantio está 30 dias atrasado, principalmente nas regiões Norte e Oeste do estado. Em outras, porém, como em Guarapuava, o cultivo já foi concluído por muitos produtores. Na área da cooperativa Agrária, com sede no distrito de Entre Rios, mais de 90% dos 36,5 mil hectares foram semeados. A chuva foi boa para o plantio, mas insuficiente para garantir a germinação das sementes e o desenvolvimento inicial das plantas.

Com a falta de água, a previsão é de queda no rendimento da lavoura. No ano passado, a produtividade média na Agrária foi recorde e atingiu 10.300 quilos/hectare. Para a safra que foi plantada, a produtividade deve voltar ao desempenho histórico, de aproximadamente 9 mil quilos/hectare, explica Celso Wobeto, gerente técnico da cooperativa.

Soja

Conseqüência do La Nina, fenômeno que vai influenciar o clima durante todo o ciclo produtivo, as chuvas têm sido generosas em poucas regiões. Além de Guarapuava, que praticamente finalizou o milho, municípios do Noroeste avançam no plantio. Em Boa Esperança, Mamborê e Campo Mourão, a Expedição encontrou até soja plantada. O cultivo da oleaginosa ocorre, normalmente, na segunda quinzena de outubro.

O produtor Dionei Martins Pereira, de Boa Esperança, diz que aproveitou uma chuva de 20 milímetros, no dia 6 de outubro, para acionar as plantadeiras. Ele conta que a precipitação garantiu a umidade necessária para a semeadura, mas mostra-se apreensivo em relação ao desenvolvimento das áreas de soja.

Durante a sondagem a campo, a Expedição presenciou apenas duas chuvas: em Cascavel, no dia 18, e em Ponta Grossa, no dia 25 de setembro. A equipe visitou mais de 40 propriedades e 10 cooperativas. Os encontros regionais, realizados em Cascavel, Ponta Grossa, Londrina, Campo Mourão e Guarapuava superaram as expectativas e mobilizaram mais de 800 pessoas, entre produtores, técnicos e lideranças do agronegócio.

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