Ribeirão Preto (AE) O preço do álcool hidratado vendido pode ter novos aumentos aos consumidores, apesar da cotação seguir estável ou em queda nas destilarias e dentro do limite de R$ 1,05 acordado entre governo e usineiros na última semana. A informação é do diretor-técnico da União da Agroindústria Canavieira (Unica), Antônio de Padua Rodrigues. Segundo a associação, a explicação para tal divergência recai nas distribuidoras, que compraram grandes estoques de álcool em dezembro de 2005, antes de o governo adotar medidas para tentar acabar com fraudes. A Unica estima que as distribuidoras compraram entre 80 milhões e 90 milhões de litros de álcool acima do previsto, o que gerou uma demanda preliminar para as usinas, em dezembro, de 1,35 bilhão de litros, volume 27% maior do que em dezembro de 2004. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, também disse ontem que a queda no preço do álcool ainda não chegou ao consumidor porque as distribuidoras ainda dispõem de estoques adquiridos a preços praticados antes do acordo. "Então, é preciso consumir esse estoque para que o reflexo do preço na usina surja na bomba."
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