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O mercado de capitais brasileiro, que vive um período de entressafra, vai ganhar uma nova movimentação com a abertura de capital da Visanet na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A companhia entrou na segunda-feira com o pedido de registro de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês), e há expectativas de que essa seja a maior operação desse gênero na Bovespa, movimentando cerca de R$ 7 bilhões.

A principal concorrente da Visanet, a Redecard, estreou na bolsa no ano passado. Seu IPO movimentou R$ 4,642 bilhões, sendo, à época, a maior operação de abertura de capital da história da bolsa paulista – depois, cairia para o quarto lugar, com as ofertas da OGX (R$ 6,711 bilhões), Bovespa Holding (R$ 6,6 bilhões) e BM&F (R$ 5,983 bilhões).

E, para especialistas, a abertura de capital da Visanet deve pressionar os papéis da Redecard. Até o momento, a Redecard é a única empresa do seu setor listada na Bovespa, e a presença da Visanet pode levar alguns investidores a se desfazerem das suas posições para aproveitar o lançamento da Visanet. "Assim como muitos investidores saíram da Petrobras para entrar na oferta da OGX, isso pode ocorrer", disse Ricardo Martins, da Planner.

A Unibanco Corretora também acredita que isso pode acontecer, principalmente porque o número de participantes desse mercado é pequeno – está concentrado em Visanet, Redecard, American Express e Hipercard. E mais de 80% está exatamente nas mãos da Visanet e da Redecard.

Diversificação

Na minuta do seu prospecto preliminar, divulgada ontem, a Visanet informou que concluiu em agosto a revisão do seu planejamento estratégico de longo prazo, que será sustentado pela diversificação de serviços, melhor exploração de sua rede de captura e de novas tecnologias de meios de pagamento.

Fundada em 1995, a Visanet é responsável pelo captura e processamento de transações e pela gestão da rede do sistema Visa no Brasil. A companhia se define como líder do setor de cartões de pagamento no mercado brasileiro, em termos de volume financeiro de transações, com participação de 45,3% nesse mercado.

Mercado

O dólar dá sinais de que seu período de enfraquecimento pode ter ficado para trás. A moeda norte-americana se apreciou diante das principais divisas do mundo ontem. No Brasil, subiu 1,15%, para R$ 1,665, em sua mais elevada cotação desde maio.

A Bovespa teve mais um pregão de queda, com as ações da Petrobras e das siderúrgicas encerrando em baixa. A Bolsa de Valores de São Paulo caiu 1,37%, para 54.404 pontos. A depreciação no ano alcança os 14,84%. Os papéis da Petrobras marcavam queda de 3,21% (preferenciais) e 2,39% (ordinários) no fim do pregão.

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