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Uma análise feita pela consultoria Teleco em parceria com a operadora Vivo contesta os estudos internacionais que apontam o Brasil como o país com o custo de ligação pelo celular mais alto do mundo. Segundo o documento, a falha na metodologia do levantamento internacional distorce a realidade.

"A questão é que o preço do minuto que se utiliza nessas pesquisas são irreais e não representam o perfil de consumo do usuário brasileiro", sustenta o presidente da Teleco Eduardo Tude. Segundo ele, esses levantamentos levam em consideração apenas as "tarifas cheias" e ignoram os preços promocionais ou pacotes de serviços das operadoras, inclusive as chamadas gratuitas intra-redes.

Assim, um gasto mensal médio de R$ 240 apontado pela pesquisa internacional da Unctad, órgão das Nações Uni­­das, ficaria muito distante do gasto médio de R$ 35 por família apontado pelo IBGE. "É como comparar laranja com banana, pegando um valor que o usuário não paga e dizendo que esse é a média do mercado brasileiro. Qual o usuário de pré-pago no Bra­­sil que paga R$ 70 por mês? Grande parte dos usuários de pré-pago [que representam 80% do mercado de telefonia móvel do Brasil] paga em média R$ 0,06 por ligação para a mesma operadora", afirma.

Carga tributária

Segundo o consultor, apesar da comparação ser falsa, isso não significa que os preços praticados no mercado brasileiro não tenham distorções. "A carga tributária é muito maior que nos outros países e no Brasil há uma distorção de preços de chamada móvel para outras operadoras. Esses são pontos da nossa estrutura tarifária que precisam ser tralhados", avalia.

Recentemente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estabeleceu uma estratégia de modelo de custos com o objetivo de reduzir o custo da chamada de uma operadora para outra. Mas como esse é uma parte importante da receita das empresas, a transição deve ser escalonada e demorar alguns anos para evitar impacto financeiro para as empresas. Até lá, esse custo acaba sendo financiado pelos usuários.

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