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O representante comercial Vitor Hugo Costa, de Maringá, voltou a abastecer o carro flex apenas com gasolina | Fábio Dias/ Gazeta Maringá
O representante comercial Vitor Hugo Costa, de Maringá, voltou a abastecer o carro flex apenas com gasolina| Foto: Fábio Dias/ Gazeta Maringá

Interior

Preço fica estável em Maringá e Foz

Em Foz do Iguaçu e em Maringá, não houve aumento dos combustíveis na véspera do feriado. Na fronteira com o Paraguai, o valor do etanol e da gasolina mantinha-se no patamar da semana anterior. O preço da gasolina estava em R$ 2,73 por litro, em média, e o do álcool, em R$ 1,81.

O vice-presidente regional do Sindicombustíveis em Foz do Iguaçu, Walter Venson, diz que o aumento promovido pelas usinas ainda não foi repassado aos clientes porque os estabelecimentos ainda mantêm estoques adquiridos pelo preço antigo. Outro motivo para a manutenção dos preços é a concorrência com os postos da Argentina, onde a gasolina é vendida a cerca de R$ 1,95. Apesar da atual folga no preço, Venson diz que os combustíveis devem ser reajustados na próxima semana. A previsão é de alta de até R$ 0,12 para o álcool. A gasolina também deve ter reajuste, mas menor.

Em Maringá, no Noroeste do estado, os preços do etanol e da gasolina também não sofreram alterações consideráveis nesta semana. Nos dez postos pesquisados pela reportagem, o litro do álcool era vendido entre R$ 1,87 e R$ 1,99 e o da gasolina, entre R$ 2,75 e R$ 2,79. Na maioria dos estabelecimentos, é mais vantajoso abastecer com gasolina.

O último reajuste de impacto aconteceu em 16 de junho, quando o etanol ficou até R$ 0,21 mais caro em alguns postos. Desde então, o representante comercial Vitor Hugo Costa, 29 anos, voltou a abastecer o carro flex apenas com gasolina. "Como ando cerca de 3 mil quilômetros por mês, gasto muito com combustível", comentou. "Preciso abastecer sempre com aquele [combustível] que vai me render maior custo-benefício."

Denise Paro, da sucursal, e Thiago Ramari, da Gazeta Maringá

Litro sobe em Londrina e passa de R$ 2 em Ponta Grossa

Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, o etanol já passa da casa dos R$ 2 em alguns postos e perde clientes para a gasolina, que se mantém no preço das semanas anteriores. O álcool varia entre R$ 1,83 e R$ 2,09 o litro, conforme sondagem feita ontem pela reportagem, enquanto a gasolina sai entre R$ 2,64 e R$ 2,79. Num dos postos pesquisados, o litro do álcool aumentou 17% desde a semana passada, subindo de R$ 1,79 para R$ 2,09. A menor variação encontrada foi de 5%, com o produto passando de R$ 1,74 para R$ 1,83 por litro.

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  • Confira a média da pesquisa feita com 26 postos da capital

Abastecer carro flex com gasolina em Curitiba está ligeiramente mais vantajoso do que com álcool, segundo levantamento informal feito pela Gazeta do Povo em 26 postos da capital. O custo médio do litro de etanol (de R$ 1,81, segundo a pesquisa) equivale a 70,7% do valor da gasolina – para valer a pena, essa relação tem de ser igual ou menor a 70%. Dos estabelecimentos consultados, em apenas 11 o derivado de cana continua mais vantajoso.

A alta do preço nas usinas produtoras, em plena época de safra, é apontada como a razão da perda de competitividade do álcool nos postos. De acordo com associações de produtores de cana-de-açúcar, a colheita está se mostrando menos produtiva do que o esperado, o que interfere na expectativa do produtor e acaba por elevar os preços.

Repasse

O levantamento semanal feito pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) com postos de todo o país mostra um recuo nos preços dos dois combustíveis em Curitiba nas últimas quatro semanas até a sexta-feira passada. A pesquisa informal feita ontem pela Gazeta, no entanto, encontrou preços mais altos, o que pode indicar que os postos já começaram a repassar o aumento promovido pelas usinas aos consumidores. O valor da gasolina, por outro lado, caiu na comparação entre os levantamentos da ANP e da reportagem.

A proximidade do feriado também seria um fator de influência sobre o preço do etanol, mas o presidente do Sindi­combustíveis-PR (representante dos postos), Roberto Fregonese, descarta a relação. "O preço do álcool estabelecido pelos produtores está subindo há um mês. [A alta nos postos] não tem nada a ver com a véspera do feriado", garante, ao comentar o preço do etanol.

A pesquisa semanal do Centro de Estudos Avançados em Eco­nomia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) mostra que o preço do álcool nas usinas de São Paulo, usado como referência no resto do país, teve um aumento de 18% entre 13 de maio e 17 de junho, saltando de R$ 0,968 o litro para R$ 1,1496.

Oferta

Outra explicação para o aumento do álcool nos últimos dias seria a acomodação entre oferta e demanda do etanol. Os brasileiros passaram boa parte do ano, até maio, abastecendo o carro com gasolina, devido à escassez de álcool no mercado. Nos último mês, o etanol voltou a ser mais vatanjoso, atraindo novamente o consumidor. Agora, o mercado pode estar ajustando os preços para equilibrar oferta e demanda.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o preço dos combustíveis nos postos está bem maior em 2011. De acordo com a ANP, em junho de 2010 o litro da gasolina custava R$ 2,34, em média, em Curitiba. Agora, custa R$ 2,61, o equivalente a uma alta de 11,5%. No caso do álcool, a diferença é ainda maior. O etanol custa agora 33% mais – a ANP registra média de R$ 1,71 por litro, contra R$ 1,28 há um ano.

Litoral

Em Paranaguá, no litoral do estado, o etanol aumentou em até R$ 0,30 nos últimos dias. O preço do litro do álcool, que variava entre R$ 1,69 a R$ 1,88 antes do feriado, agora não fica abaixo de R$ 1,98 nos postos do centro da cidade. Nos bairros, ainda é possível encontrar estabelecimentos comercializando o etanol a R$ 1,95. A justificativa que os gerentes dos postos dão para o aumento repentino é a diminuição da oferta do combustível no mercado interno brasileiro.

A alta nos preços tem feito com que, de cada dez veículos abastecidos, oito optem pela gasolina na hora de encher o tanque, afirmam os postos. Quem ainda opta pelo etanol, como a professora Rosangela Souza, justifica a opção por ver o preço quase R$ 0,80 abaixo do da gasolina. "O preço varia tanto que a gente nunca sabe o que é o melhor naquele momento", diz.

Com a instabilidade nos preços, os frentistas revelam que é raro alguém pedir para encher o tanque na hora de abastecer o carro no litoral. "O comum é colocarmos de R$ 20 a R$ 40 de combustível em cada veículo. Para encher o tanque com gasolina o motorista gastará cerca de R$ 140. Se a opção for o álcool, o valor final será de R$ 100", comenta a frentista Daniele Freitas.

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