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Na tentativa de forçar a companhia norte-americana de agronegócios Cargill a responder acusações de discriminação trabalhista, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos ameaça cancelar contratos de carnes com a empresa no valor de US$ 550 milhões. Segundo reportagem do Wall Street Journal, os produtos são fornecidos ao exército dos Estados Unidos.

O Departamento, que tem autoridade para auditar as práticas de contratação das companhias que fazem negócios com o governo federal, afirmou nesta terça-feira que o escritório de observância das contratações abriu uma reclamação administrativa contra a unidade de processamento de peru da Cargill em Springdale (Arkansas).

A reclamação se baseia em alegações de que os gerentes da fábrica em questão preferem contratar asiáticos e pessoas provenientes das ilhas do Pacífico, em detrimento de pessoas de outros grupos raciais. O Departamento avalia que cerca de 4 mil candidatos capacitados foram recusados pela Cargill por discriminação.

A Cargill nega as acusações e afirmou que o Departamento fez uma interpretação incorreta da estatística histórica de contratação "e não da realidade", de acordo com o porta-voz Mike Martin. Ele acrescentou que 84% dos funcionários da Cargill em Springdale representam minorias sociais.

Outra processadora de carnes, a Tyson Foods, enfrentou problema semelhante há cerca de uma década, acusada pelo Departamento do Trabalho de rejeitar mulheres em quatro de suas fábricas no Meio-Oeste. A Tyson Foods concordou, em setembro, em pagar US$ 2 25 milhões para cerca de 1,64 mil mulheres, na tentativa acabar com as acusações, mesmo que tenha negado praticar discriminação. As informações são da Dow Jones.

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