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Centros de convenções devem crescer

Os dois principais centros de convenções de Curitiba – Estação Embratel Convention Center e Expo Trade Convention & Center (que fica na vizinha Pinhais) – ainda têm bastante capacidade ociosa, mas os empreendedores traçam planos ambiciosos e expectativa de lotar seus espaços.

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O mercado de eventos de Curitiba chegou à maturidade e sinaliza que este semestre será o melhor dos últimos cinco anos para o setor hoteleiro, que vinha registrando taxas baixas de ocupação em razão da grande oferta de leitos. A possibilidade de restrição ao tráfego no aeroporto de Congonhas (São Paulo) e os transtornos aéreos que se arrastam há pelo menos 10 meses também favorecem o fluxo turístico na capital paranaense. Muitos hotéis lotaram por causa do movimento de famílias que trocaram a viagem de avião nas férias de julho por destinos mais próximos, feitos de carro.

A partir de 2002, Curitiba recebeu uma "avalanche" de novos leitos, derrubando a taxa média de ocupação, de acordo com o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindotel), Marco Fatuch. Isso fez com que esse índice não passasse de 40% anuais até meados do ano passado. Mas a partir do segundo semestre de 2006, a taxa média de ocupação vem apresentando um incremento de 10% a 12%. Para Fatuch, trata-se do reflexo inicial do trabalho que o Curitiba Convention Visitors & Bureau (CCVB) vem fazendo. "A cidade está sendo muito bem vendida."

Em abril deste ano, a capital paranaense foi citada pela primeira vez no ranking da International Congress & Convention Association (associação internacional de congressos), como um dos locais que mais recebe eventos mundiais no Brasil. A capital do Paraná teve seis eventos desse porte registrados em 2006, o mesmo número que Campinas. O fato foi bastante comemorado pela CCVB. O ranking tinha ainda São Paulo (54), Rio de Janeiro (48), Salvador (17), Fortaleza e Brasília (11 cada) e Florianópolis (8).

De acordo com o presidente da instituição, Adonai Aires de Arruda, o cenário positivo é reflexo de uma série de medidas tomadas ao longo dos últimos anos, mas principalmente de alguns diferenciais que Curitiba possui. "Temos dois dos melhores centros de convenções do país [Estação Embratel e Expo Trade] e, em comparação com outras grandes cidades, temos os melhores preços de gastronomia e menores custos hoteleiros, mais segurança e qualidade de vida."

As perspectivas para os próximos anos também são muito boas, na avaliação da CCVB. O mercado de eventos e congressos internacionais trabalha com antecedência de no mínimo cinco anos. Em 2011, por exemplo, Curitiba será sede do Congresso Mundial de Escotismo, e em 2015, de um evento internacional de neurologia.

Não são só os negócios que impulsionam a capital paranaense como destino turístico. As férias de julho também trouxeram uma surpresa agradável para os hotéis da cidade. "Muitas famílias chegam com seu próprio carro, coisa que não ocorria mais", conta Fatuch, do Sindotel. A maior parte desses turistas veio do interior de São Paulo, em roteiros que incluíam várias cidades do Sul.

O caos aéreo e os constantes atrasos nas viagens de avião estão favorecendo principalmente os hotéis vizinhos ao Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. "A crise é lamentável, mas ela acaba gerando demanda hoteleira", diz o diretor-comercial nacional da Rede Bristol, Gilberto Cordeiro. A unidade próxima ao aeroporto, Bristol Multy Dom Ricardo, registrou taxa média de ocupação de 100% nas últimas semanas. A gerente-geral do Holiday Inn, Zeila Abrahão, diz que vem sendo muito comum faltar leitos. "Aqui temos o agravante da questão climática, que muitas vezes paralisa o aeroporto. As companhias aéreas nos ligam para fazer a reserva dos quartos e muitas vezes não podemos atender a todos."

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