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Negócio

Telefônica se diz otimista sobre aprovação de compra da GVT

O presidente da Telefônica/Vivo, Antônio Carlos Valente, disse ontem estar otimista com relação à possibilidade da compra da GVT ser aprovada, sem maiores questionamentos, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo ele, a GVT tem uma forte operação fora do estado de São Paulo, onde haveria sobreposição de licenças com a Telefônica.

"Já em São Paulo, a GVT não está em muitas cidades e, nos municípios onde a empresa atua, existem muitos concorrentes. Esse conjunto nos dá certo otimismo de que a operação é boa e não teria grandes constrangimentos concorrenciais", avaliou. Quando a operação foi anunciada, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, chegou a dizer que as empresas não poderiam fundir suas operações em São Paulo, justamente pelo fato da Telefônica ser concessionária do serviço de telefonia fixa no estado.

O executivo disse ainda que a empresa não tem intenção de extinguir a marca GVT, caso o negócio seja fechado. Valente não comentou a possível compra da TIM no Brasil pela Oi com a intenção de fatiar a companhia com as demais concorrentes, a Claro e a própria Telefônica.

O presidente da TIM, Rodrigo Abreu, disse ontem que a empresa não está à venda e acrescentou que recebeu com "estranheza" o fato relevante da Oi que informava que a companhia tinha contratado um banco para estudar a possibilidade de compra da TIM. "O nosso controlador, Telecom Itália, já declarou várias vezes a importância estratégica da operação no Brasil e o compromisso de longo prazo com o país", disse Abreu, após encontro com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. "A Oi não fez proposta, só anunciou que contratará um banco para estudar o assunto", reforçou o executivo.

De acordo com ele, a estratégia da TIM no Brasil é continuar a crescer no mercado de dados, aproveitando-se de sua posição como líder na modalidade pré-paga e no uso de internet em smartphones "Tanto que tentamos reforçar nossa operação com a proposta de aquisição da GVT. Esse negócio era uma oportunidade, mas não uma necessidade. Não fomos em frente porque não quisemos entrar em uma guerra de preços [com a Telefônica]."

Impugnação no 4G

Telefônica e TIM entraram com pedidos de impugnação de trechos do edital do leilão 4G na frequência de 700 MHz, marcado para o dia 30 deste mês. Segundo Abreu, o principal ponto questionado pela companhia é o fato de o serviço de 4G só poder ser oferecido na frequência 12 meses após a saída dos radiodifusores. "Se a TV analógica for desligada, as faixas deveriam estar disponíveis imediatamente", avaliou.

Outros pontos questionados pela TIM são sobre os juros e garantias do edital. O executivo comentou ainda que a empresa consideraria a linha de financiamento do BNDES para o pagamento à vista das outorgas caso essa linha de crédito existisse, mas ressaltou que a empresa tem "uma flexibilidade financeira" muito grande.

Já um dos pedidos de impugnação da Telefônica/Vivo se refere à falta de um limite superior para os valores que serão desembolsados pelas teles para a limpeza da frequência, hoje ocupada por radiodifusores. O edital define um valor de R$ 3,6 bilhões para essa obrigação, mas não estipula que esse é o teto para o custo.

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