A guerra por profissionais no mercado brasileiro não deverá arrefecer em 2012. Isso porque executivos brasileiros estão abertos a propostas: pesquisa da consultoria em recursos humanos Michael Page, que ouviu 500 gerentes, diretores e presidentes de empresas no País, mostra que 62% dos executivos pretendem mudar de emprego no ano que vem. E o principal motivo será dinheiro: a ordem é aproveitar a "maré alta" do mercado para garantir um salto salarial.

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Mudar de emprego pode ser lucrativo, afirma Paulo Pontes, presidente da unidade brasileira da britânica Michael Page, porque os salários de contratação vêm subindo à medida que mais empresas aportaram no País e passaram a disputar o limitado "pool" de profissionais do mercado. O executivo informa que, para os mesmos cargos, os salários de contratação subiram entre 25% e 30% em 2011, na comparação com o ano passado.

Ele diz que a realidade do mercado, especialmente para executivos experientes e técnicos muito procurados, como engenheiros, não deve mudar no próximo ano. Pontes diz que, ao contrário do que ocorreu em 2008, quando as empresas frearam as contratações, a expectativa geral do mercado brasileiro é de expansão. "A verdade é que as empresas não preveem um panorama ruim, apesar da situação atual na Europa", diz. "Os profissionais sabem disso, e aproveitam para buscar salários melhores."

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Setenta por cento das empresas entrevistadas pela Michael Page dizem que pretendem ampliar a contratação de profissionais no ano que vem, em comparação com 2011. No entanto, boa parte das contratações de cargos de gerência deve se concentrar em áreas como vendas, logística e operações. "Muitas empresas estão concentradas em aumentar sua abrangência geográfica no Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. E os profissionais de vendas e logística são fundamentais neste processo", afirma Pontes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.