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A desaceleração do crescimento no volume de produção e de novos pedidos fez com que a expansão do setor industrial do Brasil registrasse em março o ritmo mais fraco em três meses, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta segunda-feira (1º).

Ainda assim, o setor mostrou crescimento pelo sexto mês seguido, uma vez que o PMI do instituto Markit manteve-se acima da marca de 50, que separa crescimento de contração, ao atingir 51,8, ante 52,5 em fevereiro.

Mesmo com o crescimento em desaceleração, o aumento dos preços dos insumos e dos produtos do setor industrial acelerou em março.

"Os custos de compra cresceram pela taxa mais rápida desde maio de 2011, com os entrevistados relatando aumentos de preços para várias matérias-primas. Os preços médios de venda cresceram pelo 13o mês consecutivo, com a taxa de inflação sendo sólida, em geral, e a mais rápida em dois anos", disse o relatório.

O Markit informou que o crescimento no volume de novos pedidos desacelerou para uma mínima de três meses, apesar da demanda forte nos mercados doméstico e internacional.

Ao mesmo tempo, a produção teve um aumento apenas moderado, atingindo o nível mais lento desde outubro de 2012. "Exatamente 15% dos entrevistados relataram uma produção mais alta, citando o aumento dos níveis de volume de novos negócios recebidos", disse o Markit.

Contratação

Os fabricantes contrataram mais funcionários em março, pelo terceiro mês seguido, com a taxa de criação de empregos atingindo o ponto mais rápido desde fevereiro de 2012.

Os entrevistados, segundo o Markit, indicaram que o número de funcionários subiu em sintonia com o crescimento da produção. Isso ajudou a aliviar a pressão sobre a capacidade operacional, e os negócios pendentes caíram pela primeira vez em três meses.

Por sua vez, a atividade de compra no setor aumentou em março pelo quinto mês, porém no ritmo mais lento nesse período.

O resultado do PMI está em linha com o recuo de 1,5% do Índice de Confiança da Indústria (ICI) divulgado pela Fundação Getulio Vargas em março na comparação com o mês anterior, quando atingiu o menor nível desde setembro de 2012.

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