• Carregando...

"Uma grande nação tem que ser medida por aquilo que faz por suas crianças e adolescentes, e não pelo Produto Interno Bruto."

Dilma Rousseff, presidente da República, durante a 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, após inúmeros indicadores de estagnação da economia brasileira.

A rede de fast-food norte-americana Subway chegou ao Brasil há dez anos trazendo um conceito de comida rápida, saudável e personalizada. O desafio de conquistar um mercado amplo e com inúmeras variações culturais foi vencido e, em pouco tempo, as franquias se multiplicaram pelas principais cidades do país. Hoje são 864 lojas abertas e projeção de chegar até 1.050 até o final deste ano. A diretora geral da rede Subway no Brasil, Roberta Damasceno (foto), conversou com a repórter Cíntia Junges sobre os planos de expansão para 2012.

Quais os planos para o Brasil?

A Subway tem cerca de 37 mil restaurantes em 100 países. Nesse cenário, o mercado brasileiro já é quinto maior, e o segundo que mais cresce. Temos uma presença bem consolidada, com 864unidades em 290 cidades, em todos os estados, mas queremos levar a rede para locais onde ainda não atuamos, além de elevar o número de franquias nas cidades que já têm restaurantes da rede. Para Curitiba temos mais de 15 contratos assinados aguardando a abertura.

Qual é o investimento previsto?

A rede pretende investir 30% mais que no ano passado, quando foram abertas 219 unidades. O sucesso pode ser medido pela porcentagem de franqueados que abriram mais de uma unidade: 38% têm mais de uma franquia; 20% têm mais de duas unidades e 5%, têm mais de dez.

Quais as vantagens da franquia?

Em primeiro lugar, o baixo custo de investimento comparado a outras redes de fast-food. O custo para abrir um restaurante Subway varia de R$ 250 mil a R$ 400 mil, e já inclui equipamentos, mobília, reforma do ponto e capital de giro de aproximadamente R$ 20 mil. Outra vantagem é que conseguimos instalar as franquias em locais bem pequenos, como em postos de gasolina, reduzindo despesas com aluguel. Cidades com o mínimo de 20 mil habitantes podem receber uma franquia da rede.

E o retorno?

O valor médio de faturamento de uma franquia é de R$ 80 mil por mês, mas isso depende muito de como o franqueado vai gerenciar o negócio, se estará presente e vai acompanhá-lo de perto ou não. Também é fundamental que o ponto seja bem localizado, com bom acesso e visibilidade.

A Volks dá o troco

O BNDES liberou na semana passada R$ 342 milhões para a Volkswagen. O dinheiro tem o propósito de financiar o desenvolvimento de dois novos veículos – um subcompacto e um sedã médio – e projetos sociais mantidos pela Fundação Volkswagen. O único benefício para a fábrica de São José dos Pinhais, na região de Curitiba, será indireto: o projeto Costurando o Futuro vai capacitar moradores de baixa renda do entorno, com cursos de costura e confecção. Os dois carros provavelmente serão produzidos nas unidades de Taubaté e São Bernardo do Campo, em São Paulo.

A fábrica paranaense, responsável pela família Fox e pelo Golf, pode produzir até 870 veículos por dia e há anos trabalha no limite de sua capacidade. Mas segue sem qualquer previsão de ampliação. Esse esquecimento, na avaliação do mercado, é uma represália ao que a empresa vê como "falta de flexibilidade" do sindicato dos metalúrgicos nos últimos anos.

A direção da montadora alemã perdeu a paciência de vez em meados de 2011, quando os funcionários da produção ficaram parados por 37 dias. Foi a maior greve da história do setor automotivo paranaense, e também a paralisação mais longa já enfrentada pela Volks em todo o mundo.

Tostado americano

A onda de investimentos em restaurantes e lanchonetes continua em Curitiba. A cidade será a segunda do país, depois de Brasília, a ter lojas da Quiznos, rede norte-americana especializada em sanduíches tostados. A primeira unidade será aberta em setembro, no shopping Palladium. No mesmo mês, a marca estreia duas lojas de rua, uma grande (com drive-thru e serviço de entregas) e uma média. A Premium Fast Food Brasil, que administra a operação da franquia, quer encerrar o ano com seis lojas na cidade.

Vou de tablet

A Faculdade Estácio vai distribuir tablets a 390 alunos do segundo período de Direito, Engenharia Elétrica e Engenharia da Produção de Curitiba. Os aparelhos vêm com capítulos integrais de obras exigidas nos cursos, biblioteca virtual e planos de aulas, entre outros conteúdos. Seis mil alunos da Estácio em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo já receberam seus tablets, e outras 14,5 mil unidades devem ser distribuídas até o fim do ano. Pelas contas da faculdade, o projeto economizará 6 milhões de páginas de papel (que também eram distribuídas aos estudantes) por ano.

Laboratório

O Paraná terá uma nova fonte de indicadores econômicos e projetos para o desenvolvimento. FAE Centro Universitário e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) firmaram um convênio para a criação de um laboratório que, entre outras coisas, permitirá troca de informações entre as duas instituições, o levantamento de indicadores e a produção de cadernos conjunturais.

Daslu classe C

A Daslu, controlada pela Laep Investments, vai vender roupas com sua marca na rede Riachuelo, que tem 148 pontos de venda no país. Conhecida pela imagem ligada a luxo e exclusividade, a Daslu está em processo de recuperação judicial e parece estar dando uma guinada em sua estratégia, mirando também o público da nova classe média. As roupas que serão vendidas na Riachuelo, no entanto, não serão as mesmas expostas nas lojas próprias da Daslu em shoppings do Rio e São Paulo.

Os loucos anos 70

O doutor em Economia Adolfo Sachsida, pesquisador do Ipea, está publicando em seu blog uma série de entrevistas com economistas brasileiros. Todas começam da mesma forma: "O Brasil está revivendo o final da década de 1970? Será que em breve estaremos revivendo a década de 1980 (apelidada de década perdida)? Por quê?" O objetivo, diz Sachsida, é tornar claros "os perigos inerentes da política econômica adotada atualmente no país". O endereço: bdadolfo.blogspot.com.br.

Para garantir

As concessões de dezenas de hidrelétricas vencerão pela segunda vez em 2015 e, teoricamente, não poderão mais ser prorrogadas. O governo federal já deu a entender que mudará a lei para renová-las mais uma vez, com a contrapartida de que as tarifas dessas usinas sejam reduzidas em seguida. Mas, para não deixar dúvida de suas intenções, a Copel e outras oito empresas formalizaram, na semana passada, o pedido de prorrogação à Aneel, agência que regula o setor.

A Copel tem três concessões prestes a vencer: as das pequenas centrais de Chopim e Mourão I e a da hidrelétrica subterrânea Parigot de Souza, também conhecida como Capivari-Cachoeira, que fica em Antonina, no litoral. Construída sob a Serra do Mar, esta última é tratada como uma joia pela estatal. Tem 260 megawatts e quando inaugurada, em 1971, era a maior do Sul do país.

Outra concessão da Copel que vence em 2015 é a de sua distribuidora, responsável pelo fornecimento de energia a quase todo o estado.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]