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Brasília – As exportações brasileiras bateram um recorde histórico em junho. Os produtos vendidos no exterior alcançaram a cifra de US$ 11,435 bilhões, com crescimento de 17,4% em relação a junho de 2005. No mês, as importações totalizaram US$ 7,353 bilhões, o que resultou num saldo comercial de US$ 4,082 bilhões. No acumulado do semestre o saldo comercial atingiu US$ 19,541 bilhões, um pouco abaixo do saldo verificado no mesmo período de 2005, que foi de US$ 19,654 bilhões. Os números da balança comercial foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Pelos dados do governo, todos os resultados do primeiro semestre de 2006 são recordes históricos, com exceção do saldo comercial. No período de seis meses as exportações somaram US$ 60,901 bilhões (crescimento de 16,6% em relação a igual período de 2005) enquanto as importações alcançaram US$ 41,360 bilhões, com crescimento de 21,6% em relação ao ano anterior.

A queda do saldo comercial no mês, de pouco mais de US$ 100 milhões, é explicada pelo secretário de Comércio Exterior, Armando Meziat, como conseqüência do aumento das importações, um fato já esperado pelo secretário. "O câmbio está favorável para isso", comentou. O secretário garantiu que o crescimento das importações não preocupa porque vem sendo concentrado em bens de capital e no segmento de combustíveis e lubrificantes. Ele disse que permanece em US$ 40 milhões a previsão para o saldo comercial este ano, um número abaixo do saldo comercial do ano passado, que foi de US$ 45 bilhões.

"Não há qualquer tipo de preocupação com relação à importação", assegurou Meziat. Mesmo questionado sobre o fato de que a importação vem crescendo mais, em termos porcentuais, em alguns itens de bens de consumo, como por exemplo automóveis, o secretário fez questão de frisar que o atual nível não traz apreensão ao governo. "Existem instrumentos para banir as importações danosas", disse Meziat, fazendo referência às medidas restritivas que poderão vir a ser adotadas, se necessário.

Pelos dados divulgados, as importações de automóveis deram um salto de 109,4% no semestre, saindo de US$ 339 milhões no período de janeiro a junho de 2005 para US$ 710 milhões no mesmo período deste ano. Meziat contrapôs essa informação com as exportações brasileiras de automóveis no mesmo período, que passaram de US$ 2,028 bilhões em 2005 para US$ 2,266 bilhões este ano, um aumento de 11,7%.

O secretário atribuiu ao fim da greve da Secretaria da Receita Federal e ao fato do dia 30 de junho ser final de mês, final de trimestre e de semestre, o "salto" verificado nas exportações entre a terceira e a quarta semanas de junho. "Nos dois últimos dias do mês houve concentração das exportações, que fugiram à média. Esses números estão distorcidos", observou. Na quinta-feira, dia 29, as exportações bateram em US$ 741 milhões e, no dia 30 em US$ 1,145 bilhão. No mês, porém, a média diária ficou mais baixa: US$ 544,5 milhões.

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