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As exportações de minério de ferro do Brasil deram um salto em agosto, com grandes volumes exportados e também com a disparada dos preços no mercado internacional, de acordo com dados divulgados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) nesta quarta-feira.

Os embarques de minério de ferro aumentaram 16,6 por cento em agosto em relação a julho, para 29,8 milhões de toneladas. A alta foi ainda maior em relação a agosto do ano passado (27,9 por cento), quando as exportações de minério do país tinham somado 23,3 milhões de toneladas.

Apesar do aumento expressivo, o volume exportado ainda ficou distante das 35 milhões de toneladas de maio de 2008, maior volume mensal dos últimos anos.

Com preço médio em agosto de 119,8 dólares por tonelada, as exportações totais de minério renderam ao país 3,57 bilhões de dólares no mês, mais de três vezes o montante registrado no mesmo período do ano passado (1 bilhão de dólares).

Os preços do minério de ferro, com o novo sistema trimestral de reajuste adotado pela Vale e outras grandes mineradoras do mundo deram um salto este ano. No mesmo mês do ano passado, o valor médio do minério exportado foi de 44,7 dólares por toneladas, segundo a Secex.

"O preço de 119,8 dólares por tonelada é recorde para todos os meses", declarou o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, salientando que pela nova política de preços da Vale esse preço deve se manter em setembro, caindo no quarto trimestre como já anunciou a mineradora.

Segundo Castro, a China segue puxando as exportações brasileiras.

"Claramente é a demanda da China, o grande demandante é China, pode ser que algum outro tenha comprado um pouco mais, mas não a ponto de fazer diferença", observou.

As exportações de petróleo também cresceram expressivamente, de 1,5 milhão de toneladas em julho para 2,9 milhões de toneladas, mas o executivo da AEB não soube precisar as razões da alta.

"Esses dois produtos (minério e petróleo) sustentaram basicamente a balança comercial", declarou.

As exportações de petróleo renderam ao país 1,3 bilhão de dólares em agosto. Com as vendas externas de óleos combustíveis e gasolina, este complexo energético somou aproximadamente 1,65 bilhão de dólares, um pouco à frente do complexo soja (grão, farelo e derivados), que gerou 1,6 bilhão de dólares no mês passado.

Os três produtos (minério, petróleo e complexo soja) responderam por 33 por cento do valor total exportado pelo Brasil em agosto, de 19,2 bilhões de dólares.

RECORDE PARA AÇÚCAR

Outros destaques das exportações de agosto podem ser considerados o açúcar e o milho.

As exportações de açúcar (bruto e refinado) somaram um recorde de 3,2 milhões de toneladas, apagando a melhor marca histórica registrada em julho deste ano (2,9 milhões de toneladas), em meio à grande demanda pelo produto brasileiro que tem também congestionado os portos de Santos e Paranaguá.As exportações de açúcar geraram 1,36 bilhão de dólares em agosto, quase o dobro do verificado no mesmo mês do ano passado, segundo dados da Secex.

Em agosto do ano passado os embarques de açúcar somaram pouco mais de 2 milhões de toneladas.

Os embarques de milho do Brasil no mês passado deram um salto para 1,1 milhão de toneladas, como o esperado em função dos leilões promovidos pelo governo, contra 372 mil toneladas em agosto de 2009.

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