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O Brasil fechou junho com o melhor resultado de balança comercial para o mês desde 2011. As exportações superaram as importações em US$ 2,4 bilhões, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (1º) pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

O resultado positivo ajudou a diminuir o rombo na balança comercial no ano. O deficit agora é de US$ 2,5 bilhões, menor do que o registrado no primeiro semestre de 2013, quando ficou em US$ 3,1 bilhões.

A diferença ainda não é suficiente para dar tranquilidade ao governo, que prevê superavit comercial ao fim de 2014. No ano passado, o saldo positivo de US$ 2,6 bilhões só foi possível com a venda contábil ao exterior de sete plataformas de petróleo, que inflaram as exportações brasileiras em US$ 7,8 bilhões. Este ano, a previsão da Petrobras é de que apenas duas plataformas sejam "exportadas".

O bom resultado de junho foi possível diante da queda das importações, já que as vendas de produtos brasileiros seguem em ritmo fraco.

Importações

No mês passado, as compras de bens estrangeiros somaram US$ 18,1 bilhões, queda de 3,8% frente ao mesmo mês do ano passado pela média diária. No primeiro semestre, as compras ficaram em US$ 113 bilhões, 3% abaixo dos seis primeiros meses de 2013.

Já as exportações somaram US$ 20,5 bilhões em junho, 3,2% abaixo do mesmo período de 2013. No acumulado do ano, as vendas para o exterior estão em US$ 110,5 bilhões, o desempenho mais baixo em quatro anos.

No mês passado, houve forte redução nas vendas de manufaturados (-19,3%) em relação a junho de 2013. Os semimanufaturados também caíram (-1,9%), enquanto aumentaram as exportações de produtos básicos (+9,5%).

Já as compras do exterior retrocederam frente a junho de 2013 nos segmentos bens de capital (-17,7%), matérias-primas (-6,6%) e bens de consumo (-10,5%). Por outro lado, aumentaram de forma expressiva as importações de combustíveis e lubrificantes (+43,3%).

Países

As vendas para a Argentina voltaram a cair. Em junho, a redução foi de 25,5%. O governo esperava que em junho houvesse recuperação nas exportações para o país vizinho diante do esforço recente para destravar o comércio bilateral, o que não ocorreu. No ano, a queda das exportações para o parceiro comercial, principal destino dos manufaturados brasileiros, é de 20%.

Também retrocederam as vendas para a China em junho, em 2,1%. No semestre, contudo, o crescimento para o país asiático é de 4,9%.

A boa notícia no mês passado veio da União Europeia, que aumentou em 15,4% das compras de produtos no mês em relação a junho de 2013. Para os Estados Unidos também houve expansão, embora mais tímida, de 3,5%.

Balança em maio

O Brasil registrou saldo comercial positivo de US$ 712 milhões em maio, o pior resultado para o mês desde 2002.

As exportações somaram US$ 20,8 bilhões, queda de 4,9% pela média diária sobre o mesmo período de 2013. Já as importações foram de US$ 20 bilhões, queda de 4,8% ante o mesmo período de 2013 também pela média diária.

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