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Brasília – Mesmo com uma valorização do real mais forte no mês de outubro, as exportações brasileiras bateram novo recorde no mês e no acumulado de janeiro a outubro. O resultado levou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior a elevar a projeção de exportações deste ano de US$ 155 bilhões para US$ 157 bilhões. As importações também registraram cifra recorde e, estimuladas pelo câmbio, continuam crescendo em um ritmo mais acelerado do que as vendas ao exterior. Com isso, o superávit comercial esperado pelo governo para 2007 é em torno de US$ 40 bilhões, US$ 6,6 bilhões a menos que no ano passado.

O saldo comercial em outubro foi de US$ 3,439 bilhões, resultado de exportações de US$ 15,76 bilhões e importações de US$ 12,33 bilhões. No ano, o superávit acumulado é de US$ 34,37 bilhões, 9,9% menor que no mesmo período do ano passado, devido à valorização do real, que desestimula exportações e incentiva as compras externas.

As exportações acumulam US$ 132,36 bilhões nos dez primeiros meses do ano, com alta de 16,5% sobre o mesmo período de 2006. As importações somam US$ 97,99 bilhões, um crescimento de 29,8% no período. No caso das exportações, o efeito negativo do dólar barato tem sido compensado em grande parte pelo aumento dos preços nos mercados internacionais, sobretudo das chamadas commodities, como minério de ferro, petróleo, carne e soja.

Com isso, de janeiro a outubro, a receita com as exportações de produtos básicos cresceu 44,3%, bem mais do que as vendas de manufaturados (6,8%) e de semimanufaturados (9%), que são mais afetados pelo câmbio. O secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, afirmou que o preço dos produtos básicos aumentou muito por conta da forte demanda do mercado internacional, puxada, entre outras, pela expansão da economia chinesa. Isso tem feito com que os básicos ampliem a sua participação na pauta de exportação brasileira.

Os últimos dados consolidados do Ministério, que têm um mês de defasagem, mostram que as exportações cresceram 8,9% em preço e 6,4% em volume de janeiro a setembro deste ano na comparação com o mesmo período de 2006.

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