As exportações de bens e serviços na economia brasileira cresceram 2,8% no segundo trimestre deste ano na comparação com os três primeiros meses de 2014, informou nesta sexta-feira (29) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como as importações caíram 2,1%, o resultado do comércio exterior ajudou a atenuar a queda do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), que foi 0,6%.

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Os principais produtos que puxaram a alta das exportações foram os da indústria extrativa mineral, especialmente o petróleo e o carvão, assim como os metalúrgicos, os agropecuários, os da siderurgia e os óleos vegetais. As importações, por outro lado, caíram em grande parte pela redução das compras de máquinas e tratores, de produtos da indústria automotiva, de equipamentos eletrônicos, material elétrico, extrativismo mineral, perfumaria e farmacêuticos, artigos de borracha e de vestuário. A queda da importação de bens de capital foi uma das causas do recuo nos investimentos, que chegou a -5,3%.

Impulsionado pelo câmbio favorável, segundo o IBGE, o resultado recupera parte da queda sofrida no trimestre passado, quando as exportações caíram 3,8% em relação ao fim de 2013.

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Na comparação com o mesmo período do ano passado, também houve alta das exportações, de 1,9%, e queda das importações, de -2,4%. Apesar disso, nos últimos 12 meses, as importações cresceram mais que as exportações, com variação de 4,2% contra 3,4%.

O crescimento maior no segundo trimestre também não fez com que as exportações ultrapassassem as importações em valor absolutos. Enquanto a soma de produtos e serviços contratados pelo Brasil está em R$ 186 bilhões, o total que é vendido para o exterior é estimado em R$ 158 milhões.

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