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O comércio exterior do Paraná ensaiou uma recuperação em março, mas o avanço foi insuficiente para reverter a tendência de retração para o ano. As exportações cresceram 40% em relação a fevereiro, chegando a US$ 855 milhões. O valor, o menor para um mês de março desde 2006, ainda é 22% inferior ao registrado no mesmo mês de 2008. No primeiro trimestre do ano, os exportadores do Paraná embarcaram US$ 2,2 bilhões, um valor 27% menor do que nos primeiros três meses do ano passado. A retração é maior do que a queda média do Brasil, que foi de 20%.

As importações feitas por empresas instaladas no Paraná subiram 20% em março, na comparação com fevereiro, para US$ 670 milhões. No trimestre, entraram mercadorias no valor de US$ 1,8 bilhão, cerca de US$ 1 bilhão a menos do que no mesmo período do ano passado.

Assim como no começo de 2008, o complexo soja lidera a pauta de exportações do Paraná. Os embarques do grão avançaram 25%, atingindo a marca de US$ 282 milhões no primeiro trimestre. Em segundo lugar está o farelo de soja, com exportações de US$ 157 milhões, 34% menos do que nos primeiros três meses de 2008. O melhor desempenho entre os produtos mais exportados foi o do açúcar, que passou a ser mais procurado por países asiáticos, em especial a Índia e a China. Os embarques do produto saltaram de US$ 76 milhões para US$ 122 milhões no trimestre.

O setor que mais sentiu a retração na demanda provocada pela crise econômica global foi o de bens industrializados, com queda de aproximadamente 40% nos embarques. A indústria automotiva é responsável por uma parcela expressiva dessa redução. As vendas de veículos com motores de 1.5 a 3.0 litros caiu à metade, somando apenas US$ 93 milhões no primeiro trimestre. Também tiveram quedas as exportações de bombas injetoras (-32%), injetores para motores diesel (-64%), tratores (-62%) e colheitadeiras (-59%).

A retração do setor automotivo fez com que o ranking das maiores empresas exportadoras fosse dominado por empresas agrícolas e cooperativas. A líder do Paraná no trimestre foi a Sadia, com embarques de US$ 151 milhões. Ela é seguida pela cooperativa Coamo e pela Volkswagen, cujas vendas caíram 36% na comparação com os primeiros três meses de 2008. A maior retração entre as 40 maiores exportadoras, que respondem por 70% do comércio exterior do Paraná, foi contabilizada pela Renault, uma queda de 60%, para US$ 77 milhões.

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