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Curitiba – Até o fim do primeiro semestre de 2006, a Brafer, empresa com sede em Araucária especializada em estrutura metálicas, pretende terminar as obras que permitirão um ganho de 30% na produtividade. Ela está investindo R$ 10 milhões para aumentar a área construída de 25 mil para 30 mil metros quadrados. Além disso, será montado um novo pátio de manobras.

A Brafer pretende instalar uma nova linha para fabricar perfis furados, que representa uma etapa intermediária na montagem das estruturas metálicas. Mas a maior parte do granho de produtividade será obtida somente com a ampliação do espaço. Como os produtos movimentados dentro da fábrica são muito volumosos, a empresa precisa de uma área grande para estocar materiais e para melhorar o fluxo das linhas de produção.

"Também vamos instalar gruas elétricas para fazer a movimentação dos produtos acabados. Elas são mais econômicas do que os guindastes motorizados", explica o presidente da Brafer, Marino Garofani. Todas essas mudanças farão com que a empresa tenha mais flexibilidade. Hoje, ela fabrica cerca de 20 mil toneladas de estruturas ao ano e a demanda apresenta oscilações que levam ao uso quase total da capacidade em alguns momentos.

Com mais espaço, a Brafer terá chances de aproveitar melhor as concorrências abertas por setores industriais em expansão. Este é no momento o principal filão para as empresas de estruturas metálicas. "A construção civil está retraída. A expansão que notamos agora é na indústria de base, como petróleo, celulose, mineração e siderurgia", conta Garofani. Entre as obras em fase de execução estão a ampliação da Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), do Espírito Santo, e a Cenibra, fabricante de celulose de Minas Gerais.

Exportações

Apesar da queda na cotação do dólar, a Brafer mantém uma parcela de 30% do faturamento, que foi de R$ 70 milhões em 2004, atrelado às exportações. Segundo Garofani, esse porcentual será porque a empresa tem contratos assinados no Chile e no Paraguai e precisa cumpri-los. "O câmbio atual não torna a exportação atraente porque nossos preços perdem competitividade", afirma.

A oscilação no câmbio frustrou os planos da empresa no mercado externo. Chegaram a ser feitas vendas para Argentina, Canadá e Malásia, mas esses países não se tornaram destinos fixos porque a competitividade dos produtos brasileiros caiu. "Quando entramos em um novo país, fazemos um investimento comercial para ganhar clientes. É difícil começar", diz o presidente da Brafer. "Ao perder esse investimento, o exportador precisa começar do zero de novo", lamenta.

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