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As vagas são para uma fábrica de carretas em Sarandi, noroeste do Paraná. A empresa tem mil funcionários, precisa contratar mais 150, ou as entregas vão atrasar. "A gente viu que tinha que trazer essas pessoas das casas. Então, a gente procurou anunciar nas casas das pessoas para que viessem até a empresa", aponta Sandra Bassani, coordenadora de RH.

Sem mão de obra, a fábrica de lingerie também reforçou a busca por funcionários. Apelou para a faixa no portão e foi ainda mais longe, montou um ponto de cadastramento no terminal de ônibus. "Ninguém oferece emprego no meio da rua. É a primeira vez. Isso é inédito", diz Dolores Borges, costureira desempregada. "Já me cadastrei. E cadastrei a minha filha também que está à procura do primeiro emprego".

"Se a gente só abrir a vaga e ficar esperando, a demora é muito grande. Quando se trata de produção, a gente precisa ter agilidade no fechamento da vaga. Então, tem que ir buscar", declara Caroline Albino, encarregada de RH.

Além de faixas, cartazes e carros de som, as empresas apostam nos próprios funcionários para conseguir contratar mais gente. Em uma fábrica de confecção em Maringá, quem indica o futuro colega de trabalho ganha um prêmio em dinheiro. Desde o começo do ano, mais de 30 pessoas foram admitidas depois de terem sido indicadas.

A costureira Fernanda da Silva já indicou três pessoas: duas amigas e um primo. Todos foram contratados. O esforço rendeu prêmio "triplo". O valor ela não conta. "Paguei aluguel do mês passado, guardei um pouco no banco e comprei roupa para mim. Graças a Deus, o prêmio rendeu bastante", revela.

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