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Enquanto o mercado brasileiro trabalha com uma mistura de 3% de biodiesel ao diesel, o chamado B3, a AGCO Corporation, fabricante de máquinas agrícolas, investe no desenvolvimento de motores que poderão rodar com 5% a 100% do combustível alternativo. "Nossas pesquisas estão em estágio avançado", disse o presidente mundial da AGCO Corporation, Martin Richenhagen. Ele afirmou que a companhia já tem protótipos dessas máquinas sendo testadas no campo, mas evitou dizer quando os produtos estarão no circuito comercial.

Além dessas pesquisas, a companhia também firmou parceria com a MWM International, subsidiária da norte-americana Navistar International, um dos principais fabricantes de motores diesel do mundo, para desenvolver motores de caminhão que possam receber uma mistura de 60% de etanol e 40% de diesel. Os executivos do grupo reforçaram inúmeras vezes nesta sexta-feira (13), em São Paulo, que o setor de biocombustíveis apresenta grandes oportunidades para a indústria de máquinas agrícolas, por causa do esperado aumento da produção nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil.

A companhia, que tem a perspectiva de encerrar o ano com o melhor desempenho já registrado no Brasil, também anunciou que vai investir US$ 50 milhões nas unidades de produção de máquinas e implementos agrícolas instaladas no País. Desse total, US$ 10 milhões serão destinados para a fábrica de implementos agrícolas Sfil. Esses recursos fazem parte de um programa anunciado pelo grupo no ano passado, que previa investimentos de US$ 150 milhões, divididos em três anos.

"A Sfil já trabalha no limite de sua capacidade. Vamos investir para ampliar o número de empregados e as instalações. A meta é dobrar a capacidade", disse André Carioba, vice-presidente da AGCO para a América Latina. Segundo ele, a Sfil está sendo beneficiada pela grande rede de distribuição no Brasil. A meta da companhia é dobrar a capacidade de produção da unidade para até 5 mil itens já no próximo ano.

A Sfil, que fica em Ibirubá (RS), foi adquirida em setembro do ano passado, quando a companhia detinha cerca de 25% do mercado de implementos agrícolas, como plantadeiras e colheitadeiras. Segundo Carioba, a participação da empresa nesse segmento soma 60%, mas pode chegar a 80% com os investimentos.

Os planos da companhia para o segmento de implementos incluem o desenvolvimento de um pulverizador, produto que ainda não é encontrado na linha de produtos da AGCO, que deve ser lançado no mercado até 2010.

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