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| Foto: KAREN BLEIER/AFP

O Facebook divulgou seu balanço do último trimestre nesta quarta-feira (2) e superou com facilidade as estimativas de analistas para a receita e lucro da empresa – mas, ao mesmo tempo, teve de encarar a preocupação de investidores de que o crescimento da rede social está desacelerando.

A companhia anunciou que atingiu, pela primeira vez, a marca de US$ 7 bilhões de receita em um trimestre – a previsão dos analistas era de que o número ficasse em US$ 6,92 bilhões. Os lucros da rede social também vieram melhor do que o esperado, com ganhos de US$ 1,07 por ação contra uma expectativa de US$ 0,97.

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No entanto, mesmo esses resultados não animaram boa parte dos investidores. Depois de fechar em US$ 127,17, as ações do Facebook caíram mais de 2,7% imediatamente depois da divulgação do balanço. Os papéis tiveram uma recuperação modesta após o fechamento do mercado.

A queda pode ter sido resultado do fato da receita do Facebook ter crescido 56% em comparação com o mesmo período do ano passado – uma alta mais modesta em relação ao que a empresa anunciou nos últimos balanços. No trimestre anterior, por exemplo, a companhia havia registrado um aumento de 59% sobre o ano anterior.

Independente disso, a rede social continua forte em seus principais negócios. A base de usuários do Facebook segue crescendo, principalmente em dispositivos móveis. Pela primeira vez na história, a rede registrou mais de 1 bilhão de usuários ativos mensais nos celulares.

O Facebook tem agora 84% de sua receita de publicidade vindo dos dispositivos móveis. E, no total, a companhia registra atualmente 1,8 bilhão de usuários ativos mensais.

Planos

Obviamente, hoje a rede social é apenas um dos braços do Facebook. A empresa de tecnologia deixou claro que está de olho em novos mercados e tem planos de longo prazo. “Tivemos outro bom trimestre”, disse o CEO Mark Zuckerberg em um comunicado. “Estamos fazendo progresso colocando o vídeo à frente de nossos aplicativos e executando nossos planos para os próximos 10 anos em novas tecnologias”.

A empresa está colocando muito de seu esforço para popularizar o uso de vídeos na plataforma, seja investindo em novas tecnologias para publicidade quanto incentivando que usuários e companhias usem o já popular serviço de transmissão ao vivo.

Um caminho que teve seus percalços, porém. O Facebook admitiu recentemente que algoritmos estavam inflando indevidamente o número de visualizações dos vídeos publicitários, fazendo com que a contagem fosse até 80% maior. A empresa corrigiu o erro, mas o episódio repercutiu negativamente no mundo da publicidade.

Os investimentos a longo prazo da empresa contemplam o aparelho de realidade virtual Oculus Rift, o WhatsApp e outros aplicativos de mensagens e os planos para fornecer conexão de internet a áreas remotas do mundo por meio de drones.

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