A Justiça do Trabalho concedeu liminar que suspende a reeleição de Kátia Abreu em uma chapa única para a presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A ação foi aberta pela Federação da Agricultura do Paraná (Faep), que comemorou a decisão provisória.
A eleição estava marcada para dia 14, mas dia 21 as partes ainda estarão prestando esclarecimentos à Justiça. Cabe recurso à CNA no processo, que pode garantir a eleição cassando a liminar. A entidade informou que Kátia Abreu, reeleita senadora por Tocantins (PMDB), encontra-se afastada até dia 27 e que não foi notificada sobre a suspensão da eleição. Por isso, não comentou a liminar.
O processo tramita na Justiça do Trabalho por ser um dos foros jurídicos para conflitos de entidades de classe. A decisão do juiz Ricardo Machado Lourenço Filho, divulgada ontem, reforma sua avaliação de uma semana atrás, quando a liminar foi negada. Ele recebeu informações da própria CNA e, agora, considera que os argumentos da Faep são plausíveis.
Irregularidades
A entidade alega que houve irregularidades no processo eleitoral. O presidente da Federação da Agricultura da Bahia, João Martins da Silva Júnior, que tenta se manter como vice de Kátia Abreu, coordenou o próprio processo eleitoral. São questionadas as candidaturas de 11 dos 16 integrantes da chapa única.
A Faep questiona ainda gastos de mais de R$ 31 milhões sem a devida comprovação. Trata-se das contas de 2013, que acabaram sendo aprovadas em assembleia. A CNA administra mais de R$ 70 milhões por ano.
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