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O preço do álcool na usina disparou nesta semana e superou em 9,46% o teto do acordo que havia sido feito com o governo e usineiros no início de janeiro. Nesta semana, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo, tanto o anidro (misturado à gasolina) quanto o hidratado (usado no abastecimento de veículos) comercializados junto a produtores de São Paulo tiveram um salto de 7%. O preço do anidro nas usinas passou de R$ 1,07279 para R$ 1,14934 (sem impostos). Já o hidratado foi comercializado a R$ 1,15300 depois de ser vendido a R$ 1,07213.

Em Curitiba, os preços para o consumidor já estão subindo. Nesta sexta-feira, o preço médio do litro do álcool era de 1,899, atingindo o patamar máximo de 1,97 em alguns postos da região central. A gasolina comum ainda não sofreu majoração e o litro varia entre R$ 2,479 e R$ 2,499. Entretanto, este valor deve ser revisto a partir de quarta-feira quando entra em vigor a medida do governo que reduz o índice de álcool na gasolina de 25% para 20%. A medida vai reduzir a demanda por álcool em 100 milhões de litros por mês e pode reduzir a pressão sobre os preços. Porém, com menos álcool, a gasolina deve ficar mais cara. O Sindicombustíveis prevê que o litro da comum deverá ser vendido em Curitiba entre R$ 2,5035 e R$ 2,508.

Segundo informações do presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregonese, poucas distribuidoras dispõem de estoques de álcool, e as que estão vendendo oferecem o litro a R$ 1,86. Na semana passada, os usineiros já haviam descumprido o acordo feito em janeiro com o governo e comercializaram álcool acima do teto fixado de R$ 1,05. Os produtores afirmam que condições atuais de mercado fazem com que o acordo esteja "superado". "O governo fez um apelo e nós aceitamos, mas findamos vendo que não deu certo", disse o presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Eduardo Pereira de Carvalho.

Desabastecimento

Apesar de negarem que haja desabastecimento, distribuidoras de combustível encontram dificuldade em comprar álcool em algumas usinas do interior de São Paulo, o maior produtor do país. Segundo o Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), a oferta reduzida de álcool em unidades da região de Ribeirão Preto (Oeste do estado) gerou congestionamentos de caminhões e atrapalhou o fornecimento para alguns postos. A Petrobrás Distribuidora informa "que encontrou dificuldades para a retirada do produto nas unidades produtoras pela concentração de oferta em poucas usinas".

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