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Mudança cultural pode aquecer mercado

Uma mudança "cultural" pode aquecer o mercado de imóveis corporativos em Curitiba e outras capitais brasileiras, segundo Milena Morales, gerente de Pesquisa de Mercado para a América do Sul da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield. Ela conta que a cidade de São Paulo, com 19 milhões de habitantes, tem um estoque de imóveis semelhante à cidade canadense de Calgary, com apenas 700 mil habitantes.

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A chegada de um número cada vez maior de empresas a Curitiba e a oferta pequena de locais para se instalarem aqueceram o mercado imobiliário local nos últimos anos, e o porcentual de escritórios de alto padrão vagos caiu pela metade de 2005 para cá. A chamada taxa de vacância para imóveis "Classe A" em Curitiba ficou em 6% no último trimestre do ano passado, a terceira menor entre seis cidades incluídas na pesquisa Market Beat 2008, realizada pela Cushman & Wakefield, empresa de serviços imobiliários de atuação internacional. Em 2005, essa taxa era de 12%. "Curitiba é um mercado que vem se desenvolvendo, mas tem uma taxa de vacância baixa. A cidade passou muito tempo sem lançar novos escritórios. É um mercado que está sendo retomado, também porque muitas empresas estão se instalando", diz Milena Morales, gerente de Pesquisa de Mercado para a América do Sul da Cushman & Wakefield.

O aquecimento do mercado curitibano foi uma das razões pelas quais a cidade foi incluída, pela primeira vez, na pesquisa Market Beat. Também foram pesquisadas São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília e Salvador. A taxa de vacância de escritórios de alto padrão por aqui é menor apenas que São Paulo, o principal mercado imobiliário do país, e Rio de Janeiro.

Milena diz que uma taxa entre 8% e 10% é considerada "saudável", ou seja, possibilita retorno ao investidor e, ao mesmo tempo, uma empresa pode encontrar escritórios com facilidade quando é preciso. "A taxa de vacância em Curitiba ficou em 15% por muito tempo. Os incorporadores pensavam: por que eu vou construir um espaço para ficar vazio? Agora é que se viu a necessidade, e está se correndo atrás do prejuízo." Ela diz ainda que a renovação de estoque esteve na faixa de 25 mil metros quadrados por ano (algo como dois edifícios), e nos últimos anos não foram ofertados novos espaços.

Valores

A pesquisa da Cushman levantou também os valores médios de locação em cada cidade e o estoque de escritórios "classe A". A capital paranaense abriga o quinto maior valor médio de locação entre as cidades pesquisadas pela companhia (R$ 30 por metro quadrado útil por mês), ficando atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília. Segundo o levantamento, possui o quarto maior estoque de escritórios classe A, com aproximadamente 100 mil metros quadrados disponíveis para locação. "O estoque total de Curitiba [contando também escritórios de padrão mais baixo] é de 1,1 milhão de metros quadrados. É menor que o estoque só de imóveis classe A em São Paulo, que é de 1,6 milhão de metros quadrados", diz Milena.

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