A mulher que está no centro de um debate na Itália sobre a eutanásia foi transferida nesta terça-feira (3)para um hospital que admite a possibilidade de concordar com o desejo de seu pai de deixá-la morrer. Eluana Englaro está há 17 anos em estado vegetativo. Ela foi levada na madrugada à cidade de Udine, no nordeste italiano, segundo o advogado da família, Vittorio Angiolini.
Um pequeno grupo de ativistas contrários à eutanásia se reuniu na frente da clínica da cidade de Lecco para tentar impedir a saída da ambulância com a mulher. "Eluana, acorda!", gritaram alguns deles.
A mulher entrou em coma depois de sofrer um acidente de automóvel, em 1992, quando tinha 20 anos. Seu pai mantém um prolongado litígio para que possa ser retirado o cateter pelo qual ela é alimentada e assim a filha possa morrer, o que seria, segundo ele, o desejo dela. Um tribunal italiano aceitou no meio de 2008 a petição do pai, desatando uma tormenta política no país, majoritariamente católico.
Desde então o pai tentou levar a mulher da clínica católica onde estava em Lecco a Udine, onde vive a família. Porém o governo disse no mês passado que os hospitais públicos, por um decreto, devem manter a atenção aos pacientes em estado vegetativo. Pelo menos uma instituição de Udine se recusou a receber Eluana. Ela foi levada então para uma clínica privada, La Quiete.
O ministro de Bem-Estar, Maurizio Sacconi, informou que o governo analisa a situação. A Itália não permite a eutanásia. Os pacientes têm o direito de recusar tratamento, mas nenhuma lei lhes permite solicitar antecipadamente o tratamento que gostariam de receber, caso fiquem inconscientes.
Vaticano
O caso suscitou uma forte reação do Vaticano, que se opõe à eutanásia. O papa Bento XVI afirmou no fim de semana que a eutanásia é uma "falsa solução" para o sofrimento. O cardeal Javier Lozano Barragán, ministro do Vaticano, disse ao jornal La Repubblica que retirar o tubo de alimentação "equivale a um assassinato abominável e a igreja sempre diz isso em voz alta"
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