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Rio (AG) – A categoria de bens de consumo não-duráveis, que aumentou a produção em 0,5% em outubro frente a setembro, poderia ter um desempenho melhor se não fosse a febre aftosa, confirmada em bovinos de Mato Grosso do Sul e sob suspeita no Paraná.

A queda na produção de carne afetou o setor de alimentos elaborados, que responde por 45% desse segmento da indústria, de acordo com Isabella Nunes, gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), que ontem divulgou os resultados de outubro nesta quarta-feira. "A produção só não caiu pela alta na fabricação de álcool e gasolina e pela estabilidade no setor de calçados e vestuário, que vinha reduzindo o ritmo", explicou.

Mesmo com a leve alta de 0,1% em outubro, o resultado não é suficiente para reverter a queda verificada no mês anterior. Em setembro, a pesquisa havia apurado retração de 2,3%. O IBGE afirma que a produção praticamente estável verificada em outubro não reverte a trajetória de queda de indicadores em uma análise de prazo mais longo – ou seja, ao longo do segundo semestre ainda persiste uma tendência de desaceleração.

Analistas, porém, previam um novo recuo da produção em outubro. O economista Estêvão Kopschitz, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), esperava uma queda da ordem de 0,5%.

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