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Quase 35 mil pessoas visitaram o Feirão da Casa Própria em Curitiba: maioria era de casais jovens | Walter Alves/ Gazeta do Povo
Quase 35 mil pessoas visitaram o Feirão da Casa Própria em Curitiba: maioria era de casais jovens| Foto: Walter Alves/ Gazeta do Povo

Perdi, e agora?

Ofertas continuam disponíveis

A orientação para quem não conseguiu aproveitar as facilidades do Feirão da Casa Própria no último fim de semana é não esperar pela próxima oportunidade. Os negócios não estão atrelados ao Feirão, comenta Guilherme Salgado, professor do ISAE/FGV. "O evento trouxe facilidades operacionais de venda, por ter todas as ofertas no mesmo local e agentes da Caixa, que auxiliavam para que os negócios fossem bem encaminhados. Será um processo um pouco mais demorado, mas isso não impede que alguém procure as construtoras para fazer negócio", afirma.

O economista Lucas Dezordi recomenda ir até a Caixa Econômica Federal e colher informações sobre as formas de financiamento – no site da CEF (www.cef.gov.br) é possível fazer uma simulação –, além de conferir quais são as construtoras credenciadas. E, depois, partir para a busca pelo imóvel ideal. "O mais importante é avaliar bem a localização; o cliente precisa buscar um local que supra as suas necessidades", aconselha. (ACN)

O 7.º Feirão da Casa Própria, promovido pela Caixa Econômica Federal, no último fim de semana em Curitiba, superou as expectativas mais otimistas ao gerar um volume recorde de R$ 1,02 bilhão, com um total de 8.736 negócios. O resultado, divulgado ontem, é 90% superior ao registrado no evento do ano passado. Foram oferecidos 19 mil imóveis (4 mil a mais que em 2010), entre novos, usados e na planta, com financiamento de até 100%. Entre sexta-feira e domingo, 34.661 pessoas passaram pelos estandes de construtoras, incorporadoras e imobiliárias do Marumby ExpoCenter.

A oferta de lançamentos está entre os destaques dessa edição do Feirão – foram 8,5 mil imóveis na planta, 40% a mais do que em 2010 –, o que impulsionou os negócios e justificou parte dos resultados, avalia o superintendente regional da Caixa, Hermínio Basso. "Com a oferta maior, cresce a concorrência. Traz mais interessados e facilita a negociação", afirma. Basso aponta ainda a melhoria de renda da população, a baixa taxa de desemprego na capital (2,5%, a menor do país), a oferta de crédito e a maior facilidade de acesso à informação, com possibilidade de fazer uma simulação prévia com prazos e limites de financiamento, entre os fatores que levaram ao sucesso do feirão. Entre os interessados, a maioria foi de casais jovens de até 35 anos de idade, à procura do primeiro imóvel.

Aquecimento

O economista Lucas Dezordi, do FAE Centro Universitário, concorda que há um mercado em aquecimento, mas não acredita em um boom imobiliário, como apontam alguns especialistas no setor. "O alto índice de negócios registrado no Feirão e o número de visitantes refletem bem o forte déficit habitacional entre a população de baixa renda, que recebe entre um e cinco salários mínimos", diz. Ele destaca que cerca de 90 mil famílias da Região Metropolitana de Curitiba (210 mil em todo o Paraná) precisam de moradia. "Não incluo pessoas que não têm onde morar, mas aquelas que ainda moram com os pais, querem melhorar a moradia ou residem em áreas perigosas", explica.

A opinião é compartilhada pelo professor do Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas (Isae/FGV) Guilherme Salgado. Para ele, o mercado curitibano ainda tem grande capacidade de absorver toda a oferta. "Temos espaço para crescimento de preço e aumento de velocidade de vendas. Curitiba está tirando um atraso de dois, três anos sem grandes lançamentos, em função de uma crise imobiliária lá atrás", afirma Salgado, para quem a estimativa é de que em 2011 seja batido o recorde de unidades lançadas na cidade.

Expansão

A construção civil cresceu cerca de 8% em 2010 em relação aos 12 meses anteriores. Esse ano, o índice deve ficar em torno de 5%, na avaliação do economista Lucas Dezordi. "Não significa que o mercado imobiliário desaquecerá, apenas que não será no mesmo ritmo do ano passado. Os preços estão se estabilizando", diz. Para entender a desaceleração, o economista faz um comparativo entre a variação ocorrida no ano passado e a estimativa para este ano, com dados de Curitiba. "O preço dos apartamentos de um e de quatro quartos, os mais procurados, cresceu de 35% a 40%, dependendo da região. Em 2011, o preço dessas mesmas unidades deverá ter aumento entre 10% e 15%. Continuam a chegar os lançamentos e permanece boa a oportunidade de comprar, principalmente para morar", avisa.

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