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Pós-evento

Condições de financiamento permanecem

O feirão da Caixa acabou, mas as linhas de crédito imobiliário permanecem com as mesmas regras – as taxas mais baratas, entre 4,5% e 8,16%, têm desconto progressivo de acordo com a renda do trabalhor e são subsidiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida. O valor máximo do imóvel para entrar no programa atendido com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é de R$ 130 mil em Curitiba e R$ 100 mil para a região metropolitana. A renda familiar deve ser de no máximo de R$ 4,9 mil por mês.

Já as linhas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) são voltadas para as classes mais altas, sem subsídios, mas também sem limites de valor do imóvel. Nessa modalidade, o prazo máximo de financiamento é de 20 anos. As taxas vão de 8,2% ao ano até o teto de 13%, mas há desconto de acordo com os valores de entrada e o nível de relacionamento com o banco – clientes da Caixa podem ter até 1 ponto porcentual de desconto na taxa. O comprometimento máximo da renda permitido para as linhas de financiamento continua sendo de 30%.

Para fazer uma análise de crédito habitacional na Caixa, os documentos necessários são documentos pessoais (RG e CPF), um comprovante de residência atual e comprovantes de renda. (AL)

Cerca de 5,7 mil negócios imobiliários foram fechados na sexta edição do Feirão Caixa da Casa Própria em Curitiba, realizado no último fim de semana. O número equivale a um total de R$ 538,4 milhões, valor três vezes maior do que o registrado no ano passado. Segundo o banco, pelo menos 36 mil pessoas passaram pelo evento.

Dos 15 mil imóveis colocados à venda, 60% estavam dentro dos parâmetros definidos no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O porcentual de negócios subsidiados pelo governo federal, porém, foi um pouco mais elevado, de 70%. Foram 3,8 mil contratos fechados dentro das regras do programa. Os demais 1,9 mil foram alavancados com outros recursos.

Consumidores ouvidos pela reportagem durante o feirão se queixaram da localização dos imóveis oferecidos dentro do MCMV, a maioria distante do centro. Empresários do setor afirmam que isso é reflexo do atual mercado imobiliário – as construtoras que desejam conquistar o público atendido pelo programa federal precisam investir em áreas com terrenos mais baratos e com características do zoneamento mais propícias para a viabilização do imóvel. Na capital, o programa federal contempla imóveis de até R$ 130 mil.

"Vivenciamos hoje um cenário favorável ao emprego e ao aumento dos salários. A economia aquecida gera mais renda, e também mais imóveis para atender a nova demanda", diz o superintendente regional da Caixa Luciano Valério Belo Machado. Um balanço parcial do Minha Casa, Minha Vida apresentado neste mês aponta que a Caixa já contratou cerca de 27 mil moradias do programa no Paraná, que representam mais de 60% da meta estabelecida para 2010, de 44 mil unidades.

Público esclarecido

O superintendente destacou o grau de esclarecimento do público sobre a oferta de imóveis e as possibilidades de financiamento. "Uma ferramenta que facilitou muito no atendimento foi o simulador de financiamento habitacional disponível no site da Caixa", avaliou. Em março, o banco registrou 18,8 milhões de simulações.

O presidente da Redeimóveis, associação que reúne 12 imobiliárias da capital, endossou as palavras do superintendente da Caixa. "Percebi um público bem informado, ciente do que queria e com uma boa noção do que poderia comprar de acordo com a sua renda. A movimentação superou as nossas expectativas tanto em número de visitas quanto em negócios fechados", disse Sidney Axelrud. Os números de negócios realizados pela entidade, no entanto, ainda não estavam fechados até ontem. A rede levou ao feirão um portfólio de 1,5 mil imóveis novos e usados, no valor de até R$ 200 mil.

Apesar de o feirão representar um pico de atendimentos em apenas três dias, Machado lembra que o movimento do setor habitacional da Caixa se mantém especialmente aquecido durante as duas ou três semanas seguintes ao evento, motivado por oportunidades de negócio estudadas porém não concretizadas na hora. "O cenário aquecido e as condições de financiamento continuam. Quem foi ao feirão e não acessou suas possibilidades de crédito ainda pode fazer pelos canais do banco ou pessoalmente nas agências", afirmou.

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