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O Fundo Garantidor de Cré­dito (FGC) confirmou a condução do processo de negociação para pagamento dos acionistas minoritários do Banco Bamerindus, em liquidação desde 1997. Na próxima terça-feira, uma assembleia com os sócios representados pela Associação Brasi­leira de Investidores Minori­tários do Grupo Bamerindus (Abimgb), em Curitiba, deve homologar um acordo e dar início ao processo de compra dessas ações por 40% do valor em bolsa das ações no dia anterior à intervenção do Banco Central, com correção pela Taxa Referencial (TR). Isso representa R$ 7,74 para cada ação do Bamerindus e R$ 5,52 para cada ação da BPE, holding controladora do grupo. As informações foram detalhadas por meio de nota à imprensa do FGC.

Todos os cerca de 53 mil acionistas minoritários – que detêm aproximadamente 85% do capital do banco (R$ 81,1 milhões) – terão direito a receber por suas ações, independentemente de estarem ou não ligados à associação. Nesta primeira etapa, no entanto, o processo deve contemplar apenas os acionistas ligados à Abimgb. A estimativa é de que eles comecem a receber os valores a partir do dia 23.

"O acordo do dia 22 será com os cerca de 1,3 mil acionistas ligados à associação. Os outros acionistas deverão aguardar a oferta pública do Fundo Garantidor, em uma segunda etapa", diz o vice-presidente da entidade, Jair Capristo. Segundo fontes ligadas ao processo, esse edital deve ser publicado entre os dias 23 e 24 de março.

A compra das ações tem por objetivo colocar o FGC na condição de único credor do Bamerindus. O acordo prevê ainda que minoritários renunciem às ações judiciais em tramitação, abrindo a possibilidade para a liquidação extrajudicial do Bamerindus e posterior venda dos bens da instituição, hoje bloqueados.

"O FGC não colocará nenhum recurso ‘novo’, apenas utilizará valores recuperados da própria massa", diz a entidade na nota. O preço das ações dos ex-controladores e administradores será o mesmo pago aos minoritários. A negociação com estes, no entanto, não prevê a compra das ações, para evitar que o banco fique sem controladores.

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