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A classe A foi a camada da população mais atingida pela crise financeira internacional. E foi também o estrato que menos ganhou integrantes de 2008 para 2009: 106.487 pessoas passaram a ocupar o topo da pirâmide social, revelou a pesquisa "A Nova Classe Média: O Lado Brilhante dos Pobres", da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada hoje.

"A classe C se defendeu melhor da crise, muita gente de classe A e B está ligada à indústria", afirmou o coordenador do estudo, o economista Marcelo Neri, sobre um dos setores da economia que mais sofreram com as turbulências. "A crise afetou o centro do capitalismo, os mais ricos perderam mais", acrescentou.

Porém, ao se considerar o período de 2003 a 2009, a classe A foi a que proporcionalmente mais cresceu no Brasil. "Há um movimento geral de deslocamento das pessoas em direção ao topo da pirâmide", explica Neri, ao avaliar que o crescimento dessa classe econômica também é importante para o desenvolvimento do País.

Enquanto a classe A aumentou 40,9% no período, as classes B e C tiveram ganho de 38,5% e 34,3%, respectivamente. A classe D encolheu 11,6% e a E, 45,5%. A redução da desigualdade de renda no Brasil é apontada como uma tendência. O estudo da FGV prevê que o Brasil está prestes a atingir o menor nível de desigualdade desde que os registros foram iniciados, em 1960.

O estudo também revelou que, embora o Produto Interno Bruto (PIB) do País não tenha crescido em 2009, a renda per capita aumentou 2,04% no período, com base em dados da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (Pnad). Outros indicadores, além da renda, também mostram que as condições de vida da população melhoraram, como o porcentual de domicílios com computadores com acesso à internet, que subiu de 11%, em 2003, para 28,4%, em 2009.

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