Os programas de fidelidade do mercado brasileiro, em especial os de companhias aéreas, estão na mira do governo. Estudo do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor aponta relação direta entre os programas e a elevação dos preços das passagens aéreas entre 5% e 15%. Em situações excepcionais, relacionadas à mudança de nível ou "status" do consumidor no programa, o aumento pode chegar a 50%.
A elevação de preços pode ocorrer devido à limitação da concorrência, uma vez que, por possuir os pontos, o consumidor vai procurar a companhia da qual já é cliente. "Sabemos que não tem almoço grátis. Todo programa de fidelidade está embutido no custo dos produtos", diz a secretária nacional de Defesa do Consumidor, Juliana Pereira.
Entre as regras questionáveis dos programas de fidelização, o estudo cita ainda a propriedade dos pontos, o prazo de validade para a sua utilização, a (falta de) liberdade para alteração de regras de utilização de créditos, a expiração dos créditos do programa de fidelidade na hipótese de cancelamento de serviço ou por inatividade, e a possibilidade de extinção do programa sem reembolso aos consumidores.
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